👀 Não perca! As ações MAIS baratas para investir agoraVeja as ações baratas

Balança comercial brasileira tem pior outubro em cinco anos, com superávit de US$1,206 bi

Publicado 01.11.2019, 16:44
© Reuters. .
ZS
-

BRASÍLIA (Reuters) - A balança comercial brasileira registrou superávit de 1,206 bilhão de dólares em outubro, dado mais fraco para o período desde 2014 (-1,188 bilhão de dólares), impactado por queda acentuada nas exportações.

O resultado, divulgado nesta sexta-feira pelo Ministério da Economia, veio em linha com expectativa de um saldo positivo de 1,25 bilhão de dólares, conforme pesquisa Reuters com analistas.

Em outubro, as exportações caíram 20,4% sobre igual mês do ano passado, pela média diária, a 18,231 bilhões de dólares.

Houve retração generalizada em todos os setores, com queda de 26,5% em manufaturados, 20,6% em semimanufaturados e 15,3% em básicos.

Em apresentação, o Ministério da Economia apontou que, numa análise produto a produto, as exportações em outubro foram afetadas principalmente pelas queda nas vendas de petróleo em bruto (-1,6 bilhão de dólares), em meio à diminuição das cotações internacionais e do baixo crescimento da produção doméstica.

Outros destaques negativos ficaram com o aço manufaturado (-499 milhões de dólares), em meio à menor demanda dos Estados Unidos e cotações também mais baixas, e diminuição das exportações de soja em grão (-294 milhões de dólares), por menor apetite chinês pela commodity.

Já na ponta das importações, houve ligeiro aumento de 1,1% em outubro sobre um ano antes, a 17,025 bilhões de dólares.

De um lado, houve acréscimo em bens intermediários (9,3%) e bens de capital (7,5%). Em contrapartida, caíram as compras de combustíveis e lubrificantes (-29,2%) e bens de consumo (-8,9%).

No acumulado dos dez primeiros meses do ano, a balança comercial ficou positiva em 34,823 bilhões de dólares, recuo de 27,4% sobre igual etapa de 2018.

De acordo com Herlon Brandão, subsecretário de Inteligência e Estatísticas de Comércio Exterior, o avanço nas negociações de fases do acordo da disputa comercial travada entre Estados Unidos e China há mais de um ano é benéfico para o Brasil.

"Isso ajuda a economia como um todo. Isso é positivo. Aumentando a demanda agregada chinesa, se ela aumentar a exportação pros EUA, ela vai demandar mais produtos brasileiros. A mesma coisa do lado dos Estados Unidos. Mais comércio é mais demanda, é mais atividade econômica, que faz com que exportações brasileiras para esse mercado se beneficiem", afirmou.

Questionado sobre o impacto da fraca atividade econômica argentina nas perspectivas comerciais domésticas, Brandão informou que "tende a pesar menos". "O comércio (Brasil-Argentina) já está em um nível baixo. A importância relativa vem diminuindo, já diminuiu desde o ano passado", salientando as estimativas de que o recuo do PIB (Produto Interno Bruto) argentino venha a ser reduzido nos próximos anos.

A Argentina absorveu 4,4% das exportações brasileiras nos primeiros dez meses deste ano, uma queda em relação ao mesmo período do ano passado, quando essa participação foi de 6,7%.

No mês passado, o Ministério da Economia cortou sua previsão para o superávit comercial do Brasil neste ano a 41,8 bilhões de dólares, sobre 56,7 bilhões de dólares antes, em meio ao cenário de desaceleração do crescimento econômico no mundo e queda nas exportações para a Argentina diante da crise econômica no país vizinho.

© Reuters. .

(Por Marcela Ayres e Gabriel Ponte)

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.