SÃO PAULO (Reuters) - A balança comercial brasileira registrou superávit de 8,904 bilhões de dólares em setembro, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) divulgados nesta segunda-feira, com exportações de 28,431 bilhões de dólares e importações de 19,527 bilhões de dólares.
O saldo ficou um pouco abaixo da expectativa de superávit de 9,191 bilhões de dólares para o período apontado em pesquisa da Reuters com economistas, mas foi recorde para o mês na série do governo, que tem início em 1989.
Nas exportações, o destaque foi a alta dos volumes de produtos agropecuários e da indústria extrativa embarcados, que, compensando o recuo dos preços, viabilizou aumentos de 22,2% e 14,9%, respectivamente, no valor das vendas na comparação com setembro de 2022.
Já as importações caíram 17,6% na mesma comparação, com queda no volume de embarques de bens de capital e bens intermediários.
A Secex, que está ligada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), revisou sua projeção para o saldo da balança comercial em 2023, de superávit de 84,7 bilhões de dólares estimado em julho para superávit de 93 bilhões de dólares.
A secretaria projeta agora exportações de 334,2 bilhões de dólares no ano (ante 330 bilhões de dólares estimados há três meses) e importações de 241,1 bilhões de dólares (245,2 bilhões de dólares antes).
ACUMULADO DO ANO
Os dados da Secex mostraram ainda que o saldo comercial acumulado no ano até setembro foi de 71,309 bilhões de dólares, também o maior da série histórica para o período. O desempenho foi resultado de exportações de 253,009 bilhões de dólares e importações de 181,700 bilhões de dólares.
(Por Fabrício de Castro)