Por Scott Squires e Gabriel Burin
BUENOS AIRES (Reuters) - O banco central da Argentina poderia eliminar o piso de sua taxa de juros de referência já no dia 3 de dezembro, se verificar que as expectativas de inflação caem por dois meses consecutivos, disseram duas fontes do banco central nesta sexta-feira.
Anteriormente, o banco disse que manteria sua taxa de juros em 60 por cento até dezembro, mas não fixou uma data ou termos para ajustar a taxa, atualmente a mais alta do mundo.
As fontes disseram que o banco iria eliminar o piso da taxa, se economistas reduzissem suas expectativas de inflação na pesquisa do banco central deste mês.
A agência oficial de estatísticas da Argentina divulgou uma queda na taxa de inflação do país para 5,4 por cento em outubro, ante 6,5 por cento em setembro.
A última pesquisa do banco central prevê que a inflação poderia atingir 47,5 por cento no fim do ano.
As fontes do banco central, falando em um briefing acompanhado pela Reuters e pela Bloomberg, também disseram que detalhes sobre um acordo ampliado de swap com a China seria anunciado na cúpula do Grupo dos 20 no fim deste mês.
A Argentina implementou uma política monetária de aperto desde que uma corrida contra o peso mais cedo neste ano forçou a Argentina a aumentar a taxa de juros e procurar fontes externas de financiamento, incluindo um acordo de financiamento de 56,3 bilhões de dólares com o Fundo Monetário Internacional (FMI), o maior da história do Fundo.
(Reportagem de Scott Squires e Gabriel Burin)