PARIS (Reuters) - O crescimento da França deve desacelerar no último trimestre do ano, com uma onda de protestos contra o governo afetando a atividade empresarial, estimou o banco central nesta segunda-feira, rebaixando sua perspectiva.
O banco central da França projetou que a segunda maior economia da zona do euro deve registrar um crescimento de apenas 0,2 por cento no trimestre em relação aos três meses anteriores, ante 0,4 por cento na estimativa anterior e a partir dessa taxa no terceiro trimestre.
Executivos entrevistados para a composição do indicador mensal de clima de negócios do banco central disseram que os protestos, que atingiram as cadeias de oferta e as vendas no varejo, pesaram sobre a atividade em novembro.
Seu indicador de clima de negócios para o setor industrial caiu para uma mínima de quatro meses de 101 em novembro, contra 102 em outubro, com as empresas da indústria automobilística e de alimentos anunciando um impacto proveniente dos protestos.
A utilização da capacidade da indústria caiu para o ponto mais baixo desde maio, enquanto o crescimento da produção, fornecimento e contratação estagnou, segundo a pesquisa.
Enquanto isso, o indicador para o setor de serviços ficou estável em 102, embora as empresas tenham dito que a demanda geral foi a mais fraca desde agosto de 2016, com restaurantes, empresas de transporte e veículos reportando negócios particularmente fracos.