👀 Não perca! As ações MAIS baratas para investir agoraVeja as ações baratas

BC mantém juros básicos em 14,25% ao ano em decisão novamente dividida

Publicado 02.03.2016, 20:55
Atualizado 02.03.2016, 21:00
© Reuters. BC mantém juros básicos em 14,25% ao ano em decisão novamente dividida
SAN
-

Por Marcela Ayres

BRASÍLIA (Reuters) - O Banco Central manteve nesta quarta-feira pela quinta reunião seguida a taxa básica de juros em 14,25 por cento ao ano, em decisão dividida e em linha com as expectativas dominantes no mercado, sugerindo que não deve cortar a Selic tão cedo apesar da fraqueza na economia e em meio à alta inflação.

Há três reuniões as decisões do Copom são divididas, com os diretores Sidnei Corrêa Marques (Organização do Sistema Financeiro) e Tony Volpon (Assuntos Internacionais) votando pela elevação dos juros em 0,5 ponto percentual.

A dinâmica se repetiu nesta quarta-feira, com a manutenção da Selic sendo votada pelos seis demais integrantes do Comitê de Política Monetária (Copom).

"É preciso ficar atento aos votos dos dissidentes, porque eles é que vão dar o viés do Copom. Quando eles mudarem os votos deles, isso vai querer dizer que o Copom vai baixar os juros na próxima reunião", disse o economista-chefe da Gradual Investimentos, André Perfeito.

O comunicado do BC nesta quarta-feira veio praticamente igual ao da última reunião, em janeiro, com a diferença de que, desta vez, a autoridade monetária citou incertezas em sua ponderação, ao invés da "elevação das incertezas".

"Avaliando o cenário macroeconômico, as perspectivas para a inflação e o atual balanço de riscos, e considerando as incertezas domésticas e, principalmente, externas, o Copom decidiu manter a taxa Selic em 14,25 por cento ao ano, sem viés", informou.

A mudança no comunicado, segundo o economista-chefe do Banco Fator, José Francisco de Lima Gonçalves, significa a "confirmação de que as incertezas se elevaram".

"Confirmou-se determinado nível de incerteza que justifica a manutenção (da Selic)", disse.

Em pesquisa Reuters, 49 de 50 economistas previram que a Selic permaneceria no mesmo patamar que ocupa desde julho do ano passado.

A falta de consenso entre os membros do Copom diminui a chance de queda dos juros no curto prazo, mas alguns agentes ainda veem possibilidade de corte da Selic mais para o fim do ano.

"Apesar do dissenso de dois votos por elevação de 50 pontos na taxa, a gente acredita que ele (Copom) está mantendo o viés de corte de juro em algum momento. A nossa expectativa é que seja no segundo semestre do ano, mais para o final", disse a economista do Banco Santander (MC:SAN) Tatiana Pinheiro.

Pesquisa Focus do BC, que ouve semanalmente uma centena de economistas, mostrou que a expectativa é que Selic feche este ano a 14,25 por cento e, 2017, a 12,50 por cento.

Nas últimas semanas, autoridade do BC --incluindo o presidente Alexandre Tombini-- foram a público para afastar enfaticamente a possibilidade de corte de juros neste momento. Ressaltaram, ao mesmo tempo, que viam queda de 2 pontos percentuais da inflação ainda no primeiro semestre.

Por ora, a inflação segue persistentemente alta. Prévia da inflação oficial, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) teve alta de 1,42 npor cento em fevereiro, acumulando em 12 meses 10,84 por cento, bem acima da meta do governo de 4,5 por cento, com banda de tolerância de 2 pontos percentuais.

O BC vem repetindo o compromisso de trazer a inflação aos limites da meta neste ano, para fazê-la convergir para 4,5 por cento em 2017. Pelo Focus, as projeções são de que o IPCA ficará em 7,57 por cento este ano e em 6 por cento em 2017.

(Reportagem adicional de Silvio Cascione e Alonso Soto)

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.