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BC não pode exagerar na reação a movimentos de curto prazo do mercado, diz Tombini

Publicado 08.10.2015, 21:09
Atualizado 08.10.2015, 21:19
© Reuters.  BC não pode exagerar na reação a movimentos de curto prazo do mercado, diz Tombini

Por Alonso Soto

LIMA (Reuters) - O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, reconheceu nesta quinta-feira que a alta do dólar impõe dificuldades adicionais para a política monetária, mas disse que o BC não pode reagir de forma exagerada a movimentos de curto prazo do mercado, pois poderia gerar mais volatilidade.

Em discurso no âmbito da Reunião Anual do FMI e do Banco Mundial, em Lima, no Peru, Tombini repetiu que a manutenção da taxa de juros no nível atual, de 14,25 por cento ao ano, por um período de tempo suficientemente prolongado é necessária para a convergência da inflação à meta de 4,5 por cento no final de 2016.

Tombini apontou que a apreciação da moeda norte-americana, que no ano já soma mais de 40 por cento, ajuda nas contas externas no país, mas "impõe dificuldades adicionais para a condução da política monetária".

Ele admitiu ter havido deterioração no balanço de riscos para a inflação, citando as incertezas relativas à trajetória fiscal e eventos não econômicos, mas afirmou que o BC está monitorando de perto os mercados para avaliar o quão duradouros são os efeitos desses movimentos nos preços de ativos e nas expectativas.

"Estamos vendo níveis anormais de incerteza e não sabemos ainda se eles vão persistir. Neste contexto, é importante que o BC não reaja de forma exagerada aos movimentos do mercado de curto prazo, o que poderia na verdade adicionar volatilidade", prosseguiu.

Economistas de instituições financeiras vêm sucessivamente elevando suas expectativas para a inflação medida pelo IPCA, num contexto de crise política e indefinições fiscais que acabaram desaguando na perda pelo Brasil do selo de bom pagador pela agência de classificação Standard & Poor's em setembro.

Como reflexo deste cenário, o dólar segue em trajetória de intensa valorização no ano, apesar da moderação vista nas últimas sessões. Diante do impacto que a moeda norte-americana tem sobre a inflação, economistas passaram a ver que o início da queda dos juros demorará mais tempo para ocorrer no ano que vem, apesar da deterioração mais acentuada esperada para a economia.

Em seu discurso, Tombini reconheceu que no curto prazo a pressão inflacionária decorrente da depreciação do real tende a ser maior que o efeito da fraqueza da atividade, mas reforçou que no médio prazo, o efeito desinflacionário será maior.

DÓLAR EM EVIDÊNCIA

Tombini destacou que o BC não tem meta para o patamar do dólar, mas que conta com as ferramentas para administrar a atual turbulência, na linha do que havia dito mais cedo, também em Lima.

Tombini defendeu mais uma vez o programa de swaps como provedor de proteção à economia, assinalando que a o BC é capaz de utilizar esse instrumento justamente por deter um grande volume de reservas internacionais.

"As reservas internacionais não só fornecem proteção para setor público, mas também permitem a venda de parte dessa proteção para a economia. Como resultado, os balanços dos agentes e, consequentemente, a economia, estão menos expostos aos riscos de taxa de câmbio", disse Tombini.

AJUSTE FISCAL

Na avaliação do titular do BC, o ajuste fiscal em curso está ocorrendo em ritmo mais lento que o esperado. Mas Tombini apontou uma crescente percepção pelo Congresso da necessidade da aprovação das medidas propostas para reequilibrar as contas públicas.

(Reportagem adicional e texto de Marcela Ayres, em Brasília)

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