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BC ressalta piora nas expectativas de inflação, mas vê economia mais fraca

Publicado 24.09.2015, 11:42
© Reuters.  BC ressalta piora nas expectativas de inflação, mas vê economia mais fraca

Por Marcela Ayres

SÃO PAULO (Reuters) - O Banco Central destacou nesta quarta-feira a recente deterioração das expectativas de inflação após ter havido certo progresso, mas avaliou que essa piora ainda é de "pequena magnitude" em meio às piores percepções dos agentes econômicos sobre o balanço de risco e trajetória fiscal do país.

Ao mesmo tempo, o BC ressaltou que a economia está ainda mais fraca, compensado a alta do dólar na inflação, indicando que não deve continuar não mexendo na taxa básica de juros.

"De um lado, os avanços alcançados no combate à inflação... mostram que a estratégia de política monetária está na direção correta", trouxe o relatório. "De outro lado, elevações recentes de prêmios de risco, que se refletem nos preços de ativos, exigem que a política monetária se mantenha vigilante em caso de desvios significativos das projeções de inflação em relação à meta".

O BC piorou suas expectativas para a inflação em 2016, pelo cenário de referência, com alta do IPCA a 5,3 por cento, sobre 4,8 por cento no relatório de junho, distanciando-se do centro da meta --4,5 por cento, com margem de dois pontos percentuais para mais ou menos.

Esse cenário levou em conta a Selic de 14,25 por cento ao ano e dólar a 3,90 reais, já distante do atual patamar acima de 4,20 reais nesta manhã. Para 2015, o BC elevou a perspectiva para a inflação a 9,5 por cento, contra 9,0 por cento, vendo, por outro lado, alta do IPCA de 4,0 por cento no terceiro trimestre de 2017.

Em um boxe específico sobre a influência do dólar na inflação, o BC concluiu que a economia em recessão deve mais que compensar o impacto dos choques cambiais no restante deste ano.

"Por tudo que está escrito, você tem reconhecimento que a projeção piorou, mas existe a manutenção da meta de inflação em 4,5 por cento em 2016 com o argumetno da atividade ruim", avaliou o economista-chefe do Banco Fator, José Francisco de Lima, para quem o BC não deve mexer na Selic até o ano que vem.

Os mercados estão turbulentos diante das preocupações com a capacidade de o Brasil efetivamente reequilibrar as contas públicas após a perda do selo de bom pagador pela agência de classificação de risco Standard & Poor's.

CONVERGÊNCIA

O BC reiterou ainda que o cenário de convergência para a inflação no fim de 2016 tem se mantido, "apesar de deterioração no balanço de riscos agravada recentemente pelos efeitos do rebaixamento da nota de crédito soberana".

Neste contexto, repetiu que a manutenção da Selic no patamar atual de 14,25 por cento pelo período "suficientemente prolongado" é necessária para o objetivo perseguido.

O posicionamento já vinha sendo expresso pelo BC desde o fim de julho, o que fez boa parte do mercado acreditar que só mexeria nos juros no ano que vem --e para baixo-- diante da esperada contribuição da fraqueza econômica para a diminuição da escalada de preços.

"A gente viu uma repetição um pouco mais do mesmo, apesar da forte deterioração do cenário", disse o estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno, que prevê os juros no atual nível pelo restante de 2016.

No relatório, o BC também ressaltou o cenário de atividade mais adverso e passou a ver contração do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,7 por cento este ano, sobre queda de 1,1 por cento antes. Já para o acumulado dos quatro trimestres até o segundo trimestre de 2016, a expectativa é de recuo de 2,2 por cento.

O rebaixamento do país pela S&P, afirmou o BC, piorou as expectativas de curto prazo e os custos a médio e longo prazos, aumentando os prêmios de riscos e tornando a recuperação da atividade e da confiança mais lenta. Assim, defendeu os atuais ajustes fiscais para reverter esse quadro.

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