FRANKFURT (Reuters) - O Banco Central Europeu (BCE) elevou suas projeções de inflação mais uma vez nesta quinta-feira, ao mesmo tempo que cortou as perspectivas de crescimento, uma vez que o conflito na Ucrânia continua a pesar sobre a confiança, o consumo e o investimento.
O BCE agora vê a inflação acima de sua meta de 2% ao longo de seu horizonte de projeção, aceitando que o rápido crescimento dos preços não é tão temporário quanto havia previsto.
O BCE falhou em prever o recente salto da inflação e suas projeções têm aumentado acentuadamente trimestre após trimestre, levando a críticas sobre os métodos de previsão do banco e a um grande estudo interno sobre como eles puderam errar tanto nas perspectivas.
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A inflação é estimada em média de 6,8% neste ano, bem acima dos 5,1% previstos em março. Para 2023, a projeção é de taxa média de 3,5% e, para 2024, de 2,1%.
A inflação anual superou 8% no mês passado e pode atingir seu pico no terceiro trimestre, antes de recuar lentamente.
Os preços altíssimos da energia são a principal razão para o aumento da inflação, mas os preços dos alimentos também estão subindo rapidamente, e o crescimento do núcleo dos custos, que filtra os preços voláteis de alimentos e combustíveis, também está bem acima de 2%.
Alimentos e energia mais caros serão um empecilho para o crescimento, limitando uma economia que acabou de se recuperar de uma recessão profunda induzida pela pandemia.
O BCE passou a prever crescimento de 2,8% em 2022, de 3,7% antes. As taxas de expansão para 2023 e 2024 foram revisadas a 2,1% cada, de 2,8% e 1,6%, respectivamente, em previsão anterior.
(Por Balazs Koranyi)