VILNIUS (Reuters) - O Banco Central Europeu passou a ver crescimento e inflação ligeiramente mais altos em 2019 do que anteriormente, mas fez cortes marginais em suas estimativas para os próximos dois anos, reconhecendo o risco de a desaceleração da Europa ser mais longa e profunda do que o esperado.
O presidente do BCE, Mario Draghi, disse em entrevista à imprensa que a economia da zona do euro permanece com riscos, citando a incerteza geopolítica, o aumento da ameaça de protecionismo e vulnerabilidades em mercados emergentes.
Com a guerra comercial global pesando sobre a confiança, a produção industrial e as exportações caíram, em movimento exacerbado por uma série de dificuldades domésticas.
Mas o sólido aumento dos salários, emprego em máxima recorde de dados saudáveis de crescimento no primeiro trimestre sugerem que a economia ainda é resiliente, reforçando as expectativas de que a recuperação sofra atraso, e não que saia dos trilhos.
O BCE passou a ver crescimento de 1,2%, 1,4% e 1,4% respectivamente em 2019, 2020 e 2021, ante 1,1%, 1,6% e 1,5% nas estimativas de março.
Para a inflação, a expectativa é de que atinja 1,3% neste ano, de 1,2% antes, indo a 1,4% e 1,6% em 2020 e 2021, respectivamente. As estimativas anteriores eram respectivamente de 1,5% e 1,6%.
(Por Balazs Koranyi)