BRASÍLIA (Reuters) - O Brasil registrou criação líquida de 70.852 vagas formais de emprego em outubro, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado nesta quinta-feira pelo Ministério da Economia, num dado abaixo do esperado, mas que marcou o sétimo mês seguido no azul.
Analistas consultados em pesquisa Reuters projetavam abertura de 75 mil postos.
Embora a performance tenha superado a observada no mesmo mês do ano passado, quando foram abertos 57.733 postos, ela perdeu de outubro de 2017, quando o saldo ficou positivo em 76.599 empregos.
Dos oito setores pesquisados pelo Caged, cinco ficaram no positivo no mês, com destaque para o comércio, que respondeu por 43.972 novas vagas. Aparecem em seguida os setores de serviços (+19.123 postos), indústria de transformação (+8.946 postos) e construção civil (+7.294 postos).
Por outro lado, fecharam vagas os setores da agropecuária (-7.819), serviços industriais de utilidade pública (-581) e administração pública (-427).
No acumulado dos dez primeiros meses do ano, foram criados 841.589 postos na série com ajustes, melhor resultado para o período desde 2014 (+912.287).
No terceiro trimestre --último dado disponível divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística--, a taxa de desemprego brasileira caiu a 11,8%, com aumento no número de pessoas ocupadas, porém em um mercado de trabalho marcado por novo recorde da informalidade.
No segundo trimestre, a taxa havia fechado em 12,0%.
O número de desempregados no país recuou a 12,515 milhões, mas a qualidade do emprego ainda é ruim, uma vez que a taxa de informalidade ficou em 41,4% dos ocupados, maior nível desde o início da pesquisa em 2015, de acordo com o IBGE.
(Por Marcela Ayres)