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Taxa de desemprego no Brasil sobe a 8,6% no tri até fevereiro, com alta de pessoas sem trabalho

Publicado 31.03.2023, 09:01
© Reuters. Mulher coloca currículo em caixa ao lado de anúncios de empregos, em São Paulo, Brasil
06/10/2020
REUTERS/Amanda Perobelli

Por Camila Moreira

SÃO PAULO (Reuters) - A taxa de desemprego no Brasil seguiu em alta no trimestre até fevereiro, em um movimento sazonal com aumento no número de pessoas à procura de trabalho.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a taxa de desemprego ficou em 8,6% no período, o que representa alta em relação à taxa de 8,1% registrada no trimestre imediatamente anterior, até novembro, e é a mais alta desde os três meses encerrados em setembro (8,7%).

No entanto, o resultado da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua é o mais baixo para o período de três meses encerrados em fevereiro desde 2015, e ficou ligeiramente abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de 8,7%.

O impulso para o mercado de trabalho com a reabertura da economia após a pandemia vem perdendo fôlego, o que se soma aos efeitos da política monetária restritiva e à desaceleração econômica global.

"Parte dessa piora do mercado tem um efeito sazonal importante, (e) o ambiente econômico do país impacta o mercado de trabalho, que não está isolado ou blindando a isso", disse a coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy. Ela afirmou que efeitos como juros, crédito, inadimplência podem aparecer mais claramente após o perído de sazonalidade, que envolve dispensas dos trabalhadores temporários contratados no fim do ano.

Ela ressaltou ainda que a taxa de desemprego só não foi maior no trimestre até fevereiro porque está havendo uma migração de pessoas para inatividade desde o fim do ano passado.

"Isso diminui a pressão sobre a taxa. É um periodo de feriados, férias, atividades mais paradas e desaquecidas", disse.

ALTA DE DESEMPREGADOS

No trimestre encerrado em fevereiro o número de desempregados aumentou 5,5% em relação ao trimestre imediatamente anterior, encerrado em novembro, chegando a 9,224 milhões de pessoas. Na comparação com o mesmo período do ano anterior, no entanto, houve queda de 23,2%.

"No trimestre encerrado em fevereiro, esse aumento da desocupação ocorreu após seis trimestres de quedas significativas seguidas, que foram muito influenciadas pela recuperação do trabalho no pós-pandemia. Voltar a ter crescimento da desocupação nesse período pode sinalizar o retorno à sazonalidade característica do mercado de trabalho", afirmou Beringuy.

Já o total de ocupados caiu no período 1,6%, a 98,122 milhões de pessoas, marcando ainda uma alta de 3,0% em relação ao trimestre encerrado em fevereiro de 2022.

Isso levou o nível de ocupação, percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, a 56,4%, queda de 1,0 ponto percentual na comparação com o trimestre anterior.

© Reuters. Mulher coloca currículo em caixa ao lado de anúncios de empregos, em São Paulo, Brasil
06/10/2020
REUTERS/Amanda Perobelli

"Nos primeiros meses do ano, há um movimento praticamente conjugado, de retração da população ocupada e a expansão da desocupação. Isso é ligado tanto às dispensas dos trabalhadores temporários que costumam ser contratados no fim do ano quanto à maior pressão do mercado de trabalho após o período de festas", explicou Beringuy.

Os trabalhadores com carteira assinada no setor privado chegaram a 36,812 milhões, alta de 0,1% na comparação entre os trimestres, enquanto os que não tinham carteira caíram 2,6%, a 12,960 milhões.

No período, a renda média real das pessoas ocupadas foi de 2.853 reais, contra 2.835 reais no trimestre encerrado em novembro.

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