🍎 🍕 Menos maçãs, mais pizza 🤔 Já viu recentemente a carteira de Warren Buffett?Veja mais

CNI reduz previsão de PIB industrial; inflação é vista como maior problema atual

Publicado 07.10.2021, 14:36
Atualizado 07.10.2021, 18:11
© Reuters.  CNI reduz previsão de PIB industrial; inflação é vista como maior problema atual

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) revisou para baixo o PIB industrial para 2021, de 6,9%, estimado em julho, para 6,1%. A nova previsão foi puxada pela menor expectativa de crescimento da indústria de transformação, de 8,9% para 7,9%. O setor representa 54% da Indústria Total. A revisão para cima do crescimento da indústria da construção, que tem participação de 24% no setor, ainda mitigou a revisão para baixo do PIB do setor.

Os dados constam do Informe Conjuntural, divulgado nesta quinta-feira pela CNI. O documento prevê que o PIB brasileiro deve expandir 4,9%, o que indica uma estabilidade em relação às estimativas anteriores. A estabilidade é justificada pela falta de alteração das expectativas mais favoráveis do setor de serviços, com o bom desempenho de tecnologia da informação, logística e serviços técnico-profissionais, além da previsão de recuperação dos serviços prestados às famílias.

Segundo o levantamento, a inflação é o maior problema atual, visto como destaque entre os desafios imediatos da economia.

"São vários os fatores afetando a inflação: a desorganização das cadeias de suprimentos gera pressão sobre os preços de bens industriais; a crise hídrica eleva os custos com energia; a alta nos preços das commodities e a desvalorização da taxa de câmbio elevam os preços de alimentos e combustíveis; e a progressiva normalização do consumo de serviços pelas famílias eleva, aos poucos, os preços de serviços. Em suma, todos os componentes do IPCA estão contribuindo pela alta da inflação, que recentemente chegou a dois dígitos em 12 meses", destaca a CNI.

A expectativa da entidade é que a inflação mantenha-se em nível elevado até o final do ano e supere o teto da meta (5,25%), com o IPCA fechando 2021 em 8,9%.

Para o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, no segundo semestre do ano, a indústria ainda deve ser impactada pela falta e encarecimento dos insumos e pela elevação do custo da energia elétrica. Além disso, destaca o economista, a elevação dos juros para conter a inflação afetará de forma negativa os custos financeiros das empresas do setor.

"O aumento acumulado de custos compromete a competitividade dos produtos brasileiros e prejudica, em especial, a indústria de transformação, que concorre com produtos importados no mercado doméstico e enfrenta concorrência de outros países em suas exportações", afirma Azevedo em nota divulgada pela entidade.

O presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, destaca, no entanto, que o avanço da vacinação no País e a gradual retomada da rotina dos brasileiros irão contribuir para o processo de recuperação econômica. Ele acrescenta a expectativa pelas reformas tributárias e administrativa como um fator positivo para o cenário.

"O Brasil realmente precisa das reformas tributária e administrativa e a manutenção do compromisso fiscal para seguir o caminho do crescimento consistente, capaz de aumentar o emprego e a renda das famílias. Além disso, à incerteza fiscal se adiciona a política, acirrada com a proximidade do ano eleitoral, o que prejudica a confiança dos agentes econômicos, dado que previsibilidade é essencial para o investimento", explica Robson Andrade por meio de nota.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.