Reforma Administrativa limitará supersalários; leia principais pontos
Por Michael S. Derby
NOVA YORK (Reuters) - A presidente do Federal Reserve de Boston, Susan Collins, disse nesta terça-feira estar aberta a mais cortes nas taxas de juros em meio a expectativas de que as pressões sobre os preços começarão a diminuir no próximo ano.
"Pode ser apropriado reduzir um pouco mais a taxa de juros este ano, mas os dados terão que mostrar isso", disse Collins em comentários preparados para uma reunião a ser realizada no Conselho de Relações Exteriores em Nova York.
A autoridade disse apoiar a decisão do Fed de cortar sua taxa de juros em 0,25 ponto percentual, para 4%-4,25%, no início deste mês, conforme o banco central administra os riscos para suas metas de emprego e de trabalho. Mas ela acrescentou que continua "vendo uma postura modestamente restritiva como apropriada, à medida que os formuladores de política monetária trabalham para restaurar a estabilidade de preços e, ao mesmo tempo, limitar os riscos de um maior enfraquecimento do mercado de trabalho".
O Comitê Federal de Mercado Aberto, que estabelece as taxas de juros, reduziu o custo dos empréstimos de curto prazo em sua reunião mais recente. Seu objetivo foi lidar com os riscos crescentes para o mercado de trabalho em meio à realidade de que a inflação continua acima da meta do banco central e provavelmente permanecerá elevada por algum tempo à medida que as tarifas comerciais maciças do presidente Donald Trump se fizerem sentir na economia.
Nos últimos dias, várias autoridades do Fed disseram que, embora os riscos de inflação permaneçam presentes devido às tarifas, os aumentos de preços até agora foram menores do que o esperado. As autoridades têm debatido se essa tempestade em particular já passou ou se a inflação ainda corre o risco de um aumento persistente à medida que as empresas repassam os custos mais altos aos clientes.
Na reunião do Fed, os banqueiros centrais previram mais cortes nas taxas até o final do ano e mais flexibilizações em 2026.
Collins disse em seus comentários que sua perspectiva para a economia é "relativamente benigna" e que o nível atualmente morno de contratações acelerará à medida que as empresas se acostumarem com o novo ambiente tarifário. Em relação à inflação, "embora seja provável que a inflação permaneça elevada no próximo ano, espero que ela retome seu retorno gradual à meta no médio prazo".
Collins destacou um "ambiente altamente incerto" e disse que é possível que a economia veja uma combinação de inflação persistente e desenvolvimentos "adversos" no mercado de trabalho, embora tenha acrescentado que "os riscos de alta da inflação com os quais eu estava preocupada há alguns meses são mais limitados".