Por Gabriela Baczynska
ESTOCOLMO (Reuters) - Ministros da União Europeia buscaram nesta quinta-feira maneiras de conter a imigração irregular e mandar mais pessoas embora, após o crescimento no número de chegadas depois da pandemia, revivendo ideias controversas para cercas de fronteira e centros de asilo fora da Europa.
A agência de fronteira da UE, a Frontex, relatou cerca de 330 mil chegadas não autorizadas no ano passado, a maior desde 2016, com um aumento acentuado na rota dos Bálcãs Ocidentais.
"Temos um grande aumento de chegadas irregulares de migrantes", disse a comissária de Assuntos Internos, Ylva Johansson, em conversas entre os 27 ministros de Migração da UE. "Temos uma taxa de retorno muito baixa e posso ver que podemos fazer um progresso significativo aqui."
Dinamarca, Holanda e Letônia estão entre os que pediram mais pressão por meio de vistos e ajuda ao desenvolvimento para cerca de 20 países --incluindo Iraque e Senegal-- que a UE considera que não cooperam na retomada de seus cidadãos, que não têm o direito de permanecer na Europa.
Apenas cerca de um quinto dessas pessoas é enviada de volta, com os recursos e coordenação insuficientes do lado da UE sendo outro obstáculo, de acordo com o Poder Executivo do bloco.
As negociações ministeriais acontecem antes de uma cúpula de 9 a 10 de fevereiro de líderes da UE, que também querem conseguir mais retornos, de acordo com o esboço da decisão conjunta visto pela Reuters.
(Reportagem adicional de Philip Blenkinsop e Bart Meiejer)