Começa reunião do Copom, que deve elevar a taxa Selic a 13,25% na quarta-feira

Publicado 28.01.2025, 07:20
Atualizado 28.01.2025, 10:40
© Reuters.  Começa reunião do Copom, que deve elevar a taxa Selic a 13,25% na quarta-feira

A reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) de janeiro começou às 10h03 desta terça-feira, 28, informou o Banco Central. É o primeiro encontro do colegiado sob o comando de Gabriel Galípolo, que assumiu a presidência do Banco Central em 1º de janeiro. Das 51 instituições ouvidas pelo Projeções Broadcast, 50 esperam que o comitê siga o forward guidance e aumente a taxa Selic em 1 ponto porcentual, de 12,25% para 13,25%.

No último encontro, em dezembro, o Copom surpreendeu o mercado ao aumentar os juros em 1 ponto porcentual, de 11,25% para 12,25%, e prometer mais dois aumentos da mesma magnitude, em janeiro e março. Agora, a principal dúvida do mercado é sobre a sinalização para a reunião subsequente, de maio. Os economistas ouvidos pelo Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) esperam que o BC se esquive de sinalizar um ritmo de alta, de forma a comprar graus de liberdade.

Desde a última reunião, as medianas do relatório Focus para a inflação de 2025 e 2026 subiram 1,38 e 0,52 ponto porcentual, respectivamente, para 5,50% e 4,22%. O IPCA-15 de janeiro mostrou uma piora na dinâmica da inflação de serviços, observada de perto pelo BC. Em contrapartida, o dólar perdeu força frente ao real e, desde a semana passada, opera abaixo da linha de R$ 6,00. A atividade econômica também passou a dar sinais de desaceleração, e a trajetória de Selic esperada pelo mercado aumentou.

Esses fatores devem levar as projeções do Copom para a inflação de 2025 e do terceiro trimestre de 2026, que agora deve se tornar o horizonte relevante da política monetária, de 4,50% para 4,80% e de 3,60% para 3,80%, segundo as estimativas do Goldman Sachs (NYSE:GS). O Itaú Unibanco (BVMF:ITUB4) espera que as projeções aumentem para 5,20% e 4,20%, respectivamente.

Além da primeira reunião sob o comando formal de Galípolo, este também é o primeiro encontro do Copom com uma maioria de integrantes indicados pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Em 1º de janeiro, assumiram os novos diretores Nilton David (Política Monetária), Gilneu Vivan (Regulação) e Izabela Correa (Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta). Paulo Picchetti (Assuntos Internacionais), Ailton Aquino (Fiscalização) e Rodrigo Teixeira (Administração) também foram indicados por Lula.

Só dois dos nove integrantes do Copom são remanescentes do governo de Jair Bolsonaro: Diogo Guillen (Política Econômica) e Renato Gomes (Organização do Sistema Financeiro e Resolução). Os mandatos deles terminam em 31 de dezembro deste ano.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2025 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.