BERLIM (Reuters) - A confiança das empresas alemãs apresentou leve deterioração em maio pela primeira vez em sete meses, mas permaneceu em um patamar alto de maneira geral, mostrou um indicador, somando-se aos sinais de enfraquecimento na maior economia da Europa.
Embora os níveis de crescimento continuem decentes, outros dados publicados nesta sexta-feira mostraram que a desaceleração da economia alemã deveu-se ao peso do comércio internacional, que tem impulsionado a economia na maior parte da década passada.
O instituto Ifo, com sede em Munique, informou que seu índice de clima de negócios, baseado em pesquisa mensal com 7 mil empresas, caiu a 108,5 em maio ante 108,6 em abril. O resultado ficou levemente acima das expectativas de analistas em pesquisa da Reuters, de 108,3, levando o euro à máxima da sessão contra o dólar.
"Com os dados de PIB de hoje, os PMIs de ontem e agora o Ifo, novas dúvidas sobre a força da economia alemã podem emergir novamente", disse Carsten Brzeski, economista do ING.
"A Alemanha está no fim de um ciclo muito positivo de crescimento gerado por reformas, que é artificialmente estendido por ventos de proa externos", afirmou. Ele acrescentou que, tendo em vista a longa recuperação da economia alemã, é normal que sua taxa de crescimento seja mais fraca que a do resto da zona do euro.
O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre, confirmado em 0,3 por cento, decepcionou quando comparado com a zona do euro como um todo, onde o PIB expandiu 0,4 por cento, e ficou bem aquém do avanço de 0,6 por cento da economia da França.
(Reportagem de Michael Nienaber e Michelle Martin)