Por Stella Qiu e Kevin Yao
(Reuters) - A economia da China emitiu mais sinais de alerta em maio conforme os Estados Unidos intensificam a pressão comercial, com o crescimento da produção industrial desacelerando inesperadamente para uma mínima de mais de 17 anos e o investimento diminuindo, o que destaca a necessidade de mais estímulo.
Apesar de algumas medidas de suporte desde o ano passado, a economia da China ainda enfrenta dificuldades, e investidores temem que uma guerra comercial mais longa entre as duas maiores economias do mundo possa provocar uma recessão global.
A produção industrial cresceu 5,0% em maio sobre o ano anterior, mostraram nesta sexta-feira dados da Agência Nacional de Estatísticas, contra expectativa de alta de 5,5% e abaixo dos 5,4% de abril.
A leitura foi a mais fraca desde o início de 2002, e as exportações exerceram o maior peso, mostrando apenas crescimento marginal.
O investimento em ativos fixo também cresceu menos do que o esperado, reforçando as expectativas de que Pequim precisará adotar mais medidas de crescimento em breve.
A expansão do investimento em ativo fixo desacelerou a 5,6% entre janeiro e maio sobre o mesmo período do ano anterior. Analistas esperavam que repetisse a taxa de 6,1% dos quatro primeiros meses do ano.
Já as vendas no varejo contrariam a tendência ao subirem 8,6% em maio sobre o ano anterior e acelerando ante a alta de 7,2% em abril, que havia marcado a mínima de 16 anos.
Analistas consultados pela Reuters esperavam avanço de 8,1%.