Por Rahul Karunakar
(Reuters) - O crescimento empresarial da zona do euro se recuperou em junho e encerrou o segundo trimestre expandindo a um ritmo melhor do que o esperado impulsionado pelas empresas de serviços, mas a expansão da indústria foi a mais fraca em 18 meses devido a preocupações comerciais, mostrou a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) divulgada nesta sexta-feira.
O PMI Composto preliminar do IHS Markit subiu em junho a 54,8 de 54,1 no mês anterior e acima da expectativa em pesquisa da Reuters de 53,9. Leitura acima de 50 indica crescimento.
O subíndice de preços avançou para a máxima de quatro meses de 53,8 de 53,2, após notícia na semana passada de que a inflação oficial da zona do euro avançou para 1,9 por cento em maio, bem perto do teto da meta do BCE de 2 por cento.
"Um desempenho melhor do setor de serviços ajudou a compensar o peso do setor industrial em junho, tirando o crescimento da zona do euro da mínima de 18 meses vista em maio", disse Chris Williamson, economista-chefe do IHS Markit.
"As pressões de preço também estão em alta de novo, próximas das máximas em sete anos. O aumento dos preços do petróleo e das matérias-primas estão elevando os custos, mas os salários também estão subindo, refletindo em parte mercados de trabalho mais apertados em algumas partes da região", disse ele.
O PMI do setor de serviços subiu para 55,0 de 53,8 em maio, nível mais alto desde fevereiro, e acima de todas as estimativas em pesquisa da Reuters, cuja mediana era de queda para 53,7.
Mas a expansão da indústria perdeu ritmo, em parte devido aos crescentes temores de uma guerra comercial, com o PMI preliminar de junho caindo a 55,0, nível mais fraco em 18 meses, de 55,5 em maio.