PARIS (Reuters) - O crescimento econômico francês desacelerará no primeiro trimestre de 2022 diante de uma onda de infecções por coronavírus causada pela variante Ômicron, antes de ganhar ritmo até meados do ano, previu a agência nacional de estatísticas Insee nesta terça-feira.
A Insee projetou que a segunda maior economia da União Europeia crescerá 0,3% no trimestre atual ante os três meses anteriores, quando expandiu 0,7%.
A taxa de crescimento deve dobrar para 0,6% no segundo trimestre, conforme os gastos das famílias tiverem uma recuperação em linha com uma melhora esperada na situação sanitária.
A França foi atingida por sua quinta onda de Covid-19 desde as últimas perspectivas econômicas da agência, de dezembro, quando a entidade esperava crescimento de 0,4% no primeiro trimestre e 0,5% no segundo trimestre.
Com os preços do petróleo também significativamente mais altos do que em dezembro, a Insee também disse que a inflação deve continuar a subir durante o primeiro semestre deste ano, ao invés de arrefecer, como previsto anteriormente.
A inflação deve acelerar de 2,9% em janeiro para 3,4% em meados do ano.
Com a eleição presidencial francesa de abril se aproximando, o governo limitou um aumento nos preços da eletricidade para apenas 4% em fevereiro, em vez do salto de quase 40% que poderia ser esperado se fosse permitido que as tarifas acompanhassem a alta dos preços no atacado.
Sem essa medida, a inflação estimada pelo Insee teria superado 4% neste mês.
(Por Leigh Thomas)