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Déficit externo do país sobe em agosto; brasileiro gasta menos no exterior com dólar alto; BC muda cálculos

Publicado 23.09.2019, 12:43
© Reuters.

O déficit em transações correntes, que são compras e vendas de mercadorias e serviços e transferências de renda do Brasil com outros países, chegou a US$ 4,274 bilhões, segundo dados divulgados hoje (23) pelo Banco Central (BC). O resultado ficou bem acima do registrado em igual mês de 2018: déficit de US$ 1,757 bilhão.

De janeiro a agosto, o déficit chegou a US$ 30,277 bilhões, contra US$ 18,372 bilhões em igual período do ano passado.

Entre os dados das contas externas está a balança comercial, que registrou superávit de US$ 2,664 bilhões em agosto e acumulou US$ 27,164 bilhões, nos oito meses do ano.

Já a conta de serviços (viagens internacionais, transporte, aluguel de investimentos, entre outros) registrou saldo negativo de US$ 2,461 bilhões, em agosto, e de US$ 23,327 bilhões, de janeiro a agosto deste ano.

A conta renda primária (lucros e dividendos, pagamentos de juros e salários), que também faz parte das transações correntes, ficou negativa em US$ 4,727 bilhões no mês passado e em US$ 35,107 bilhões, em oito meses.

A conta de renda secundária (renda gerada em uma economia e distribuída para outra, como doações e remessas de dólares, sem contrapartida de serviços ou bens) teve resultado positivo de US$ 249 milhões, em agosto, e de US$ 992 milhões, em oito meses.

Investimento estrangeiro cobre déficit

Em agosto, o resultado negativo para as contas externas foi totalmente coberto pelos investimentos diretos no país (IDP). Quando o país registra saldo negativo em transações correntes precisa cobrir o déficit com investimentos ou empréstimos no exterior.

A melhor forma de financiamento do saldo negativo é o IDP, porque os recursos são aplicados no setor produtivo. No mês passado, o IDP chegou a US$ 9,470 bilhões, contra US$ 9,651 bilhões de igual mês de 2018. De janeiro a agosto, esses investimentos totalizaram US$ 41,213 bilhões, contra US$ 46,037 bilhões em igual período do ano passado.

Brasileiro gasta menos no exterior

Com o dólar em alta, as despesas de brasileiros em viagens ao exterior se reduziram em agosto. No mês passado, os gastos totalizaram US$ 1,309 bilhão, com queda de 5,24% em relação ao mesmo mês de 2018 (US$ 1,382 bilhão). Os dados foram divulgados hoje (23) pelo Banco Central (BC).

Nos oito meses do ano, esses gastos com viagens ao exterior também, estão menores. Nesse período, as despesas chegaram a US$ 12,014 bilhões, queda de 5,3% na comparação com o mesmo período do ano passado (US$ 12,686 bilhões).

As receitas de estrangeiros em viagem ao Brasil chegaram a US$ 464 milhões no mês passado e a US$ 4,138 bilhões em oito meses, com queda de 3,84% e de 0,04% respectivamente, na comparação com os mesmos períodos de 2018. Com isso, a conta de viagens, formadas pelas despesas e as receitas, fechou agosto negativa em US$ 846 milhões e nos oito meses do ano com déficit de US$ 7,876 bilhões.

Mudança no cálculo do déficit externo

O BC informou hoje que revisou a metodologia de cálculo das contas externas, com melhora nas fontes de informações. “As revisões no balanço de pagamentos refletem o uso de novas fontes de dados para as transações entre residentes e não residentes realizadas diretamente no exterior – buscando suprir esta que é a mais importante lacuna de informações no balanço de pagamentos brasileiro –, além da melhoria de qualidade de fontes já existentes”, diz nota do BC.

Com a revisão da metodologia, o déficit de transações correntes subiu de US$ 7,2 bilhões para US$ 15 bilhões, em 2017, de US$ 15 bilhões para US$ 21,9 bilhões, em 2018, de US$ 21,7 bilhões para US$ 26 bilhões, de janeiro a julho deste ano. Também houve alteração do IDP: US$ 70,3 bilhões para US$ 68,9 bilhões, em 2017, de US$ 88,3 bilhões para US$ 76,8 bilhões, em 2018, e de US$ 45 bilhões para US$ 31,7 bilhões, de janeiro a julho deste ano.

Apesar do aumento do déficit das transações correntes e redução do IDP, o chefe do Departamento de Estatísticas do BC, Fernando Rocha, afirmou que a “sustentabilidade das contas externas continuam inalteradas”. Ele destacou que o déficit em transações correntes continuam sendo integralmente coberto pelo IDP.

As informações são da Agência Brasil.

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