Por Jose Gomes Neto
SÃO PAULO (Reuters) - O Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) teve deflação de 0,29% em setembro, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta segunda-feira.
A queda foi menor que a vista em agosto (-0,47%). Em 2019, o IGP-10 sobe 3,62% no ano e, em 12 meses, avança 3,65%.
Um ano antes, em setembro de 2018, o índice havia saltado 1,20% sobre agosto.
Dentre os três subíndices principais que compõem o IGP-10, o IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo) caiu 0,57% em setembro, depois de deflação de 0,83% em agosto.
Os preços de Bens Finais (+0,09% em setembro após -0,73% em agosto) e de Bens Intermediários (de -1,00% em agosto para -0,05% em setembro) ajudaram a conter a deflação, mas a queda nos preços ainda se manteve puxada pelo índice do grupo Matérias-Primas Brutas, que saiu de -0,77% em agosto para -1,87% em setembro, com minério desabando 12,01%, ante alta de 0,69% em agosto.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) teve ligeira alta de 0,05% em setembro, reduzindo o acréscimo depois de subir 0,24% em agosto.
Cinco das oito classes de despesa componentes do índice registraram recuo nas taxas de variação, com destaque para o grupo Alimentação (de +0,14% em agosto para -0,68% em setembro). Nessa classe, destaque para o item hortaliças e legumes, que caiu 12,36% em setembro, após queda de 3,79% em agosto.
Na contramão dos demais subíndices principais, o INCC (Índice Nacional de Custo da Construção) acelerou a alta para 0,79% em setembro, após acréscimo de 0,35% em agosto.
A inflação nos grupos Materiais e Equipamentos (de +0,22% em agosto para +0,13% em setembro) e Serviços (de +0,32% em agosto para +0,29% em setembro) se reduziu. Mas os preços no grupo Mão de Obra aceleraram a alta, saindo de 0,44% em agosto para 1,33% em setembro.