Demanda forte sustenta crescimento do setor de serviços do Brasil pelo 3º mês, mostra PMI

Publicado 05.06.2023, 10:13
Atualizado 05.06.2023, 10:15
© Reuters. Shopping Cidade São Paulo durante pandemia de Covid-19
11/6/2020 REUTERS/Amanda Perobelli

Por Camila Moreira

SÃO PAULO (Reuters) - A atividade de serviços do Brasil registrou crescimento em maio pelo terceiro mês seguido diante da força da demanda, embora a um ritmo um pouco mais lento, mas com fortes ganhos na atividade empresarial, novas encomendas e emprego, mostrou a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) divulgada nesta segunda-feira.

O PMI do setor de serviços brasileiro compilado pela S&P Global ficou em 54,1 em maio depois de ter registrado em abril o pico em nove meses de 54,5, no terceiro mês seguido acima da marca de 50 que separa crescimento de contração.

"Os dados do PMI de serviços do Brasil mostram um setor próspero, em que surgiram novas oportunidades de negócios, o crescimento da produção continuou forte e a criação de empregos foi sustentada", avaliou a diretora associada de economia da S&P Global Market Intelligence, Pollyanna De Lima.

As empresas relataram que a demanda continuou a melhorar em maio, levando a aumentos tanto na atividade quanto nas novas encomendas. Alguns entrevistados também disseram que conseguiram novos clientes durante o mês, ampliando portanto a entrada de novos negócios, ainda que com desaceleração após máxima de seis meses em abril.

O total de novos negócios foi sustentado por um novo aumento nos novos pedidos de exportação, o primeiro em seis meses.

Esse cenário, somado a esforços de reestruturação, levou a um terceiro aumento mensal consecutivo no emprego.

Os fornecedores de serviços também se mostraram amplamente confiantes de que a recente melhora na demanda continuará ao longo dos próximos 12 meses, sustentando o crescimento da atividade. Assim, a confiança futura atingiu pico de sete meses, com mais de 58% dos entrevistados mostrando otimismo.

O ponto negativo do levantamento foi a inflação, já que os custos de insumos continuaram a aumentar rapidamente, embora tenham desacelerado pelo terceiro mês seguido, e as empresas elevaram seus preços de venda a um ritmo mais forte do que em abril.

Segundo a S&P Global, aproximadamente 18% das empresas elevaram seus preços cobrados, contra apenas 4% que os baixaram.

"As pressões salariais, custos de insumos e gastos operacionais levaram as empresas a repassá-los aos consumidores, contribuindo para tendências inflacionárias historicamente elevadas e fazendo com que seja mais difícil para as autoridades encontrarem o equilíbrio correto entre estabilidade de preço e crescimento econômico sustentado", disse De Lima.

O desempenho setor de serviços ajudou o PMI Composto a subir no ritmo mais forte desde outubro, a 52,3 em maio, de 51,8 em abril, marcando o terceiro mês de expansão da atividade empresarial no setor privado. Isso apesar da sétima contração seguida na indústria brasileira.

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