Investing.com – A taxa de desocupação brasileira foi de 7,7% no trimestre encerrado em setembro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira, 31. A taxa de subutilização no período atingiu 17,6%. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua.
O indicador apresentou recuo de 0,4 ponto percentual em relação ao período entre abril e junho, quando o desemprego era de 8%. Ainda, houve diminuição de 1 pp em relação ao mesmo trimestre móvel do ano passado. Conforme o Instituto, esse é o menor patamar desde o trimestre encerrado em fevereiro de 2015, quando o desemprego chegou a 7,5%.
Igor Cadilhac, economista do PicPay, avalia que o mercado de trabalho continua resiliente e com uma composição saudável. “Olhando à frente, entendemos que os efeitos defasados da política monetária contribuirão para um aumento da taxa de desemprego, que ainda resistirá em patamares historicamente baixos por mais um bom tempo. Para 2023, projetamos uma taxa média de desemprego de 8,1%”, pondera.
Maykon Douglas, economista da Highpar, concorda que os indicadores reforçam a trajetória dos últimos meses e o entendimento da robustez do emprego e da renda ao longo do ano. Esses fatores, segundo o especialista, explicam boa parte da expansão do consumo das famílias. “Esse resultado reflete tanto um aumento expressivo da população ocupada (que atingiu o recorde na série histórica quando se olha a série sem ajuste), especialmente a formal”. No entanto, Feitosa também espera uma leve elevação da taxa para 8,0% até o fim de 2023.
Outros dados
Em relação ao trimestre anterior, a população desocupada, que somou 8,3 milhões, registrou queda de 3,8%, nível mais baixo desde maio de 2015. O número da população fora da força de trabalho apresentou estabilidade na mesma análise. Enquanto isso, o contingente de desalentados teve diminuição de 4,6%.
A taxa de informalidade chegou a 39,1% da população ocupada. No trimestre anterior, era de 39,2% e no mesmo período do ano passado, de 39,4%.
O rendimento real habitual do trabalho somou R$ 2.982 no período, uma alta de 1,7% no trimestre e de 4,2% na comparação anual, ainda de acordo com a PNAD Contínua do IBGE.