Investing.com – A taxa de desemprego no país chegou a 8,8% no trimestre entre janeiro e março de 2023, conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na manhã desta sexta-feira, 28. Conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, a taxa de desocupação aumentou 0,9 ponto percentual em relação ao trimestre de outubro a dezembro de 2022, quando era de 7,9%, e recuou 2,4 pontos percentuais frente ao mesmo período do ano anterior, com taxa de 11,1%. Já a subutilização no primeiro trimestre foi de 18,9%.
O rendimento real habitual atingiu R$ 2.880, contra R$2.861 do trimestre anterior e R$2.682 entre janeiro e março do ano passado.
A população desocupada totalizou 9,4 milhões de pessoas, uma alta de 10,0% em relação ao trimestre anterior e recuo de 21,1% na base anual. Já a população subocupada por insuficiência de horas trabalhadas chegou a 5,0 milhões, uma diminuição trimestral de 7,7% e de 23,0% no ano.
Por outro lado, a população fora da força de trabalho totalizou 67 milhões, uma elevação de 1,6% em relação ao trimestre anterior e 2,3% quando comparada com o período igual em 2022.
Segundo o IBGE, o número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado ficou estável na base trimestral e subiu 5,2% na análise anual. Já os sem carteira no setor privado recuaram 3,2% frente ao trimestre anterior, com acréscimo anual de 4,8%.
Além disso, a PNAD ainda aponta 25,2 milhões de pessoas que trabalham por conta própria, com estabilidade na comparação trimestral e em relação ao primeiro trimestre do ano passado.
O banco Santander (BVMF:SANB11) avaliou que o resultado indica um provável mercado de trabalho superaquecido, com sinais de estabilização na margem. “Ainda avaliamos que a taxa de desemprego continua em níveis baixos mais por redução da taxa de participação do que por crescimento do emprego”, aponta o economista Gabriel Couto, em nota.
“Esperamos que a tendência de desaceleração do mercado de trabalho volte à frente, mas a continuidade da baixa taxa de participação e o forte resultado dos dados do CAGED de março implicam em risco de queda em nossas projeções para a taxa de desemprego”, completa Couto.