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Dívida americana pode bater recorde e atingir 130% do PIB até 2034

Publicado 22.05.2024, 20:32
© Reuters.
GS
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Investing.com – Analistas do Goldman Sachs (NYSE:GS) alertam para cenário fiscal desafiador e trajetória preocupante da dívida pública dos Estados Unidos.

Em recente relatório, o banco de investimento revisou suas projeções para a dívida pública dos Estados Unidos, elevando o patamar esperado para 130% do PIB até 2034. Esse aumento significativo representa um salto em relação à previsão anterior de 97%, e acende preocupações com a sustentabilidade fiscal do país a longo prazo.

A revisão das projeções se baseia em um cenário fiscal mais desafiador nos últimos cinco anos. O principal problema reside no déficit primário persistente, que exclui os custos com juros e se encontra cerca de 5% acima do PIB em comparação com períodos históricos de pleno emprego.

Essa situação já resultou em um aumento de 19 pontos percentuais na relação dívida/PIB, chegando a 98%. Segundo o Goldman Sachs, essa tendência deve superar o pico registrado no pós-Segunda Guerra Mundial.

Para piorar, as taxas de juros sobre a nova dívida do Tesouro praticamente dobraram, o que exacerba a trajetória da relação dívida/PIB e dos despesas com juros reais como parcela do PIB.

As novas projeções do Goldman Sachs consideram previsões de longo prazo para taxas de juros médias da dívida pública, crescimento nominal do PIB e déficits primários fora de recessões. A análise demonstra que a relação dívida/PIB é altamente sensível à diferença entre as taxas de juros e o crescimento do PIB (r-g). No estudo, os analistas assumem um diferencial r-g de -0,25 pontos percentuais, alinhado com as médias históricas fora de períodos de alta inflação.

O banco ressalta que, historicamente, grandes reduções nos índices de dívida em relação ao PIB foram alcançadas por meio de medidas como superávits fiscais sustentados, diferenciais r-g favoráveis, alta inflação e repressão financeira.

No entanto, o cenário atual dos EUA apresenta pouco ímpeto político para a redução do déficit, o que eleva preocupações sobre a sustentabilidade da trajetória fiscal e a possível necessidade de superávits fiscais historicamente raros para estabilizar a dívida.

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