Por Gertrude Chavez-Dreyfuss
NOVA YORK (Reuters) - O dólar avançava nesta sexta-feira, depois que dados mostraram que uma medida importante de inflação nos Estados Unidos ficou em linha com as previsões, enquanto os gastos pessoais e a renda aumentaram, reforçando as expectativas de que o Federal Reserve cortará os juros em 25 pontos-base no próximo mês.
O índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- subia 0,19%, a 101,550.
Os dados desta sexta-feira mostraram que o índice PCE subiu 0,2% no mês passado, em linha com as expectativas, após um avanço não revisado de 0,1% em junho. Nos 12 meses até julho, o índice aumentou 2,5%, igualando o ganho de junho.
Os gastos do consumidor também foram 0,5% mais altos no mês passado, depois de uma expansão de 0,3% em junho.
"As estimativas de inflação estão, lenta mas seguramente, voltando a ficar entediantes, já que esse relatório dá continuidade à recente sequência de estimativas benignas", escreveu Olu Sonola, chefe de pesquisa econômica dos EUA na Fitch Ratings, em uma nota enviada por email.
"Os gastos do consumidor continuam superando as expectativas... Um corte de 25 pontos-base na taxa de juros está praticamente definido em setembro, mas o Fed ainda espera que o relatório de empregos da próxima semana não faça nada para aumentar a pressão para um corte de 50 pontos-base."
Operadores indicavam uma chance de 31% de um corte de 50 pontos-base no próximo mês, abaixo da probabilidade de 35% de quinta-feira, mostraram os cálculos da LSEG, com o mercado precificando totalmente um corte de pelo menos 25 pontos-base, o primeiro afrouxamento do Fed em mais de quatro anos.
Os mercados consideravam cerca de 100 pontos-base de cortes até o final de 2024.
O dólar tinha alta de 0,52% em relação ao iene, a 145,73.
O euro era negociado a 1,106675 dólar, em queda de 0,09% no dia.