Por Jonathan Cable
LONDRES (Reuters) - Fortes descontos falharam em impedir que a atividade empresarial da zona do euro crescesse menos do que o esperado no mês passado, mostrou nesta quarta-feira a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês), sugerindo que a economia do bloco pode contrair de novo no início do próximo ano.
"A região está no caminho de ver crescimento do PIB de apenas 0,1 por cento no trimestre final do ano, com forte probabilidade de a quase estagnação se transformar em renovada contração no novo ano, a menos que a demanda mostre sinais de renovação", disse o economista-chefe do Markit, que compila a pesquisa, Chris Williamson.
Pesquisa da Reuters no mês passado projetou crescimento econômico de 0,2 por cento neste trimestre e de 0,3 por cento no próximo.
O PMI Composto final do Markit para novembro, com base em pesquisas junto a milhares de empresas na região e considerado um bom indicador de crescimento, caiu para 51,1 contra 52,1 em outubro, abaixo da preliminar de 51,4.
Novembro foi o 17º em que o índice ficou acima do nível de 50 que separa crescimento de contração. Mas o subíndice de novos negócios caiu abaixo dessa marca pela primeira vez desde meados do ano passado, para 49,7 ante 50,8, sugerindo mais contração em dezembro.
O PMI sobre o dominante setor de serviços da região caiu para 51,1 sobre 52,3 em outubro, contra preliminar de 51,3, e mostrou que as empresas têm cortado os preços há três anos agora para impulsionar os negócios. O índice de preços de produção atingiu 47,1.