Rio de Janeiro, 3 dez (EFE).- Os economistas do mercado financeiro reduziram a projeção para o crescimento da economia neste ano de 1,5% até 1,27% em apenas uma semana, segundo pesquisa divulgada nesta segunda-feira pelo Banco Central.
A menor previsão para o Produto Interno Bruto (PIB) do país em 2012 aconteceu depois que o governo admitisse que a economia cresceu a metade do previsto no terceiro trimestre.
Segundo os dados oficiais divulgados na sexta-feira, o PIB brasileiro cresceu apenas 0,6% no terceiro trimestre frente ao segundo, muito abaixo da expansão de 1,2% esperada pelo governo e pelos analistas.
O resultado decepcionante do PIB trimestral levou vários economistas consultados semanalmente pelo Banco Central para o boletim Focus a reduzir significativamente suas projeções para o crescimento tanto neste ano como no próximo.
Além de reduzir até 1,27% a previsão para este ano, os analistas desceram sua projeção para o PIB de 2013 de 3,94 até 3,7%.
Se tais previsões forem confirmadas, o Brasil sofrerá em 2012 seu pior resultado desde 2009, quando a economia retraiu 0,3% como consequência da crise internacional.
A nova projeção confirma a tendência à desaceleração do Brasil que, após crescer 7,5% em 2010, só expandiu 2,7% no ano passado.
Apesar do pessimismo, os economistas do mercado mantiveram inalteradas suas previsões para a inflação a respeito da última semana.
A inflação projetada pelo mercado é de 5,43% para este ano e de 5,4% para 2013.
Em ambos os casos, a inflação seria inferior a de 2011, que foi de 6,5% e estará dentro da meta do governo, de 4,5% anual para os dois anos, embora com uma margem de tolerância de dois pontos percentuais, o que permite que a taxa chegue até 6,5%.
O Banco Central prevê que a inflação deste ano será de 5,2% e que descerá a 4,9% em 2013. EFE