WASHINGTON (Reuters) - Novas encomendas de produtos manufatureiros fabricados nos Estados Unidos caíram em janeiro, puxadas para baixo por um queda nos pedidos de aeronaves civis, mas aumentos no setor de máquinas e uma gama de outros produtos sugeriu que a manufatura pode estar recuperando terreno.
O Departamento de Comércio disse nesta segunda-feira que as encomendas à indústria caíram 1,6% após um aumento de 1,7% em dezembro. Os economistas pesquisados pela Reuters tinham previsto uma queda de 1,8% nos pedidos. Na comparação anual, os pedidos aumentaram 4,3% em janeiro.
O Instituto de Gestão de Fornecimento informou na semana passada que a manufatura, que representa 11,3% da economia dos EUA, contraiu pelo quarto mês consecutivo em fevereiro, embora o ritmo de declínio tenha diminuído e os novos pedidos tenham melhorado a partir de um recorde de baixa de mais de dois anos e meio.
Como o banco central dos EUA deve continuar elevando os juros até o verão (do hemisfério norte), uma rápida reviravolta na manufatura é, no entanto, improvável. A manufatura também está sendo prejudicada pela valorização do dólar em relação às moedas dos principais parceiros comerciais dos Estados Unidos e pelo abrandamento da demanda global.
A queda nos pedidos das fábricas em janeiro refletiu principalmente uma queda de 13,3% nos equipamentos de transporte, que se seguiu a um salto de 15,8% em dezembro. A queda foi puxada por uma redução de 54,5% nas encomendas de aeronaves civis. As encomendas de veículos a motor aumentaram 1,3%.
As encomendas de máquinas subiram 1,6%, enquanto os pedidos de computadores e produtos eletrônicos subiram 0,6%. As encomendas de equipamentos elétricos, aparelhos e componentes subiram 1,3%. Também houve ganhos nas encomendas de metais primários e produtos metálicos fabricados.
O Departamento de Comércio também informou que as encomendas de bens de capital não de defesa, excluindo aeronaves, que são vistas como uma medida dos planos de gastos comerciais em equipamentos, recuperaram 0,8% em janeiro, conforme informado no mês passado.
Os embarques desses chamados bens de capital essenciais, que são usados para calcular os gastos com equipamentos comerciais no relatório do Produto Interno Bruto, aumentaram 1,1%, conforme informado anteriormente.
(Por Lucia Mutikani)