Por Jonathan Spicer e Howard Schneider
FILADÉLFIA (Reuters) - O Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) deve elevar as taxas de juros três vezes neste ano, uma vez que a economia já forte receberá um novo impulso a partir de cortes de impostos, podendo levar a instituição a agir de maneira mais ou menos agressiva, se necessário, afirmou um representante do banco no sábado.
Em uma entrevista, o presidente do Fed de São Francisco, John Williams, desenhou uma imagem positiva para a maior economia do mundo, que estará operando ou irá operar perto de sua capacidade total nos próximos anos.
Enquanto seus colegas do banco central norte-americano veem o desemprego um pouco além de 4,1 por cento atualmente, Williams prevê que ele cairá para 3,7 por cento este ano, sem qualquer risco de um salto preocupante na inflação.
Os comentários de Williams, um veterano em política econômica em um momento sem precedentes de revisão de lideranças no Fed, sugerem que o banco central continua confiante em sua abordagem após um ano de ajuste gradual e perto dos cortes de 1,5 trilhão de dólares em impostos, aprovados no mês passado.
"Estamos em uma situação muito boa: a economia está indo bem, todos esperam que aumentemos as taxas gradualmente ... E se os dados mudarem, poderemos reagir a isso", disse Williams, que neste ano tem direito a voto nas políticas do Fed, de acordo com o rodízio promovido pela instituição.
"Não estou preocupado com a inflação disparando de repente", disse ele à Reuters durante o almoço na conferência da American Economic Association, na Filadélfia.
"Algo como três aumentos de taxas faz sentido para mim" neste ano, acrescentou.
(Por Jonathan Spicer e Howard Schneider)