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MUMBAI (Reuters) - Os estoques de óleo de palma da Malásia devem diminuir nos próximos meses, encerrando o ano em cerca de 1,7 milhão de toneladas, uma vez que a desaceleração sazonal da produção coincide com o aumento das exportações para atender à demanda da época festiva, informou o órgão regulador do setor.
A queda esperada nos estoques da Malásia, segundo maior produtor mundial de óleo de palma, depois da Indonésia, poderá dar suporte aos futuros de referência do produto, que estão sob pressão recentemente devido aos suprimentos mais baratos do rival óleo de soja.
"A produção está caindo lentamente, e esperamos que as exportações aumentem nos próximos meses devido à demanda da época festiva", disse Ahmad Parveez Ghulam Kadir, diretor-geral do Conselho de Óleo de Palma da Malásia (MPOB, na sigla em inglês), na segunda-feira.
A produção de óleo de palma da Malásia normalmente diminui no final do ano, após um forte trimestre em setembro. Os estoques de óleo de palma na Malásia aumentaram 4,18% no mês em agosto, para 2,2 milhões de toneladas, o maior volume desde dezembro de 2023, mostraram dados do MPOB.
Os preços do óleo de palma têm enfrentado pressão nas últimas semanas devido a uma queda acentuada nos preços do óleo de soja, o que tornou o óleo de palma mais caro. Isso levou a Índia, principal compradora de óleo de palma, a aumentar as compras de óleo de soja para os próximos meses.
Apesar disso, é provável que os preços do óleo de palma permaneçam firmes nos próximos meses devido às incertezas sobre os suprimentos da Indonésia, disse Kadir.
As exportações da Indonésia podem ser afetadas por uma proposta de implementação do programa de biodiesel B50 e por apreensões de plantações de dendê pelo governo, disse ele.
Atualmente, a Indonésia exige um teor de 40% de óleo de palma no biodiesel e planeja aumentá-lo para 50% a partir do próximo ano.
(Reportagem de Rajendra Jadhav)