Investing.com - A economia dos EUA criou 187 mil empregos não-agrícolas em julho, segundo informou o relatório payroll do Departamento de Trabalho na manhã desta sexta-feira, 04, abaixo do esperado. A previsão dos economistas era uma adição de 200 mil empregos no período. O resultado foi superior, no entanto, aos números prévios revisados de 185 mil novos empregos. A taxa de desemprego ficou em 3,5% da força de trabalho, abaixo dos 3,6% esperados e do mês anterior.
Já a taxa de participação de trabalhadores na PEA ficou em 62,6%, conforme projeção e dados prévios.
O salário médio por hora no mês passado variou 4,4% na base anual, acima dos 4,2% projetados, mas igual ao dado prévio revisado.
Após a divulgação dos dados, às 9h34 (de Brasília), os contratos futuros da Nasdaq 100 Futuros registravam acréscimo de 0,11%, S&P 500 Futuros apresentava alta de 0,10%, mas o Dow Jones Futuros recuava 0,01%.
O dólar no Brasil apresentava queda de 0,46%, a R$4,8918. Já o Ibovespa Futuros perdia 0,79%.
Claudia Rodrigues, economista do C6 Bank, avalia que segue a pressão e os dados não trazem alívio para as próximas decisões do Federal Reserve dos EUA sobre as taxas de juros. “O mercado de trabalho americano tem dado sinais de desaceleração lenta, o que deve manter a pressão dos salários sobre a inflação. Nossa expectativa continua sendo de que o banco central americano, Federal Reserve, eleve a taxa de juros mais uma vez até o fim do ano, levando o intervalo dos juros para de 5,5% a 5,75% ao ano. Mantemos nossa visão de que os juros permanecerão elevados por um longo tempo. Não prevemos cortes de juros antes de meados de 2024”.
Marcelo Oliveira, CFA e co-fundador da Quantzed, afirma que o setor de serviços tem sido um dos mais preocupantes na inflação americana. “Acredito que no todo não seja positivo os números para o Fed mudar a posição de continuar olhando de perto os próximos dados para decidir o que fazer na próxima reunião”, concorda.