Por Andrea Shalal
WASHINGTON (Reuters) - A Câmara de Comércio dos Estados Unidos disse nesta segunda-feira que teme que o país esteja sendo deixado para trás depois que 15 economias da região Ásia-Pacífico formaram no domingo o maior bloco de livre comércio do mundo, consolidando o papel dominante da China no comércio regional.
A Câmara elogiou os benefícios da liberalização comercial da nova Parceria Econômica Regional Abrangente (RCEP, na sigla em inglês), dizendo que os exportadores, trabalhadores e agricultores dos EUA precisam de maior acesso aos mercados asiáticos. Mas disse que Washington não deveria se juntar ao bloco.
O RCEP cobre 30% da economia global e 30% da população global, juntando pela primeira vez as potências asiáticas China, Japão e Coreia do Sul. O objetivo dos próximos anos é reduzir progressivamente as tarifas em muitas áreas. [nL1N2I20SB]
Os Estados Unidos estão ausentes tanto do RCEP quanto do sucessor da Parceria Transpacífica, deixando a maior economia do mundo fora de dois grupos comerciais que abrangem a região de crescimento mais rápido do mundo.
Myron Brilliant, vice-presidente executivo da Câmara, afirmou que o governo do presidente dos EUA, Donald Trump, agiu para confrontar práticas comerciais injustas pela China, mas conseguiu apenas novas oportunidades limitadas para os exportadores dos EUA em outras partes da Ásia.