Europa: bolsas fecham na maioria em baixa, com negociação tarifária, balanços e Trump x Powell

Publicado 16.07.2025, 10:18
Atualizado 16.07.2025, 13:40
© Reuters.  Europa: bolsas fecham na maioria em baixa, com negociação tarifária, balanços e Trump x Powell

As bolsas da Europa fecharam na sua maioria em baixa nesta quarta-feira, 16, em sessão que contou com cautela pelas negociações da União Europeia (UE) com os Estados Unidos, na medida em que a aplicação de tarifas de 30% por Washington aparece como uma possibilidade real, enquanto o bloco avalia respostas. Além disso, o final do pregão no continente contou com os relatos incisivos de que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, avança em medidas para demitir o comandante do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell. O dia contou ainda com a repercussão de balanços, que levaram a quedas importantes no casos e Renault (EPA:RENA) e ASML (AS:ASML).

O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em baixa de 0,57%, a 541,84 pontos. Em Londres, o FSTE 100 caiu 0,13%, a 8.926,55 pontos. Em Frankfurt, o DAX recuou 0,21%, a 24.009,38 pontos. Em Paris, o CAC 40 cedeu 0,57%, a 7.722,09 pontos.

Um número crescente de Estados-membros da UE quer que o bloco acione sua ferramenta comercial mais poderosa contra os EUA caso os dois lados não cheguem a um acordo aceitável até 1º de agosto e Trump cumpra sua ameaça de impor tarifas de 30%. Mais de meia dúzia de capitais europeias apoiam a iniciativa da França de implementar o chamado Instrumento de Contra-Coerção da UE (ACI). Vários estão mais cautelosos, enquanto outros ainda não se manifestaram, relata a Bloomberg. A questão foi discutida em uma reunião de ministros do Comércio na segunda-feira, dia 21.

Em Londres, a Rio Tinto (LON:RIO) avançou 0,22%, após a empresa divulgar a segunda maior produção trimestral em suas minas de minério de ferro australianas desde 2018. Por outro lado, a Renault despencou 18,47% em Paris após reduzir suas metas financeiras para o ano em meio à forte concorrência de rivais chinesas, enquanto a ASML tombou 9,42% em Amsterdã, depois de revisar sua previsões anuais para baixo diante das incertezas sobre o impacto da ofensiva tarifária dos EUA.

A ação da Richemont, controladora da Cartier, subiu 1,15% em Zurique, após registrar crescimento nas vendas com maior demanda por joias. As ações de outras empresas de luxo operaram positivas. Ferrari subiu 2,12% e a Brunello Cucinelli ganhou 0,38% em Milão. Na mesma cidade, a Stellantis (NYSE:STLA) decidiu encerrar seu programa de desenvolvimento de tecnologia de célula de combustível a hidrogênio, caindo 6,21%, e o FTSE MIB recuou 0,40%, a 39.762,52 pontos. Em Madri, o Ibex 35 subiu 0,08%, a 13.885,70 pontos. Em Lisboa, o PSI 20 cedeu 0,17%, a 7.694,04 pontos.

No âmbito macroeconômico, destaque para a taxa anual de inflação ao consumidor (CPI) do Reino Unido, que acelerou para 3,6% em junho, superando as expectativas e se afastando ainda mais da meta do Banco da Inglaterra (BoE).

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