Por Lusha Zhang e Ryan Woo
PEQUIM (Reuters) - As exportações e importações da China contraíram menos do que o esperado em outubro, fornecendo algum alívio para a economia conforme o governo tenta alcançar um acordo comercial parcial com os Estados Unidos.
Mas mesmo que um acordo comercial seja assinado em breve, economistas dizem ser improvável que ele vá ajudar a alimentar as exportações e a indústria logo, e pode ainda significar que mais estímulo é necessário para evitar uma desaceleração mais intensa.
As exportações da China em outubro caíram pelo terceiro mês seguido, com um recuo de 0,9% sobre o ano anterior, mostraram dados da alfândega nesta sexta-feira, contra expectativa de contração de 3,9% em pesquisa da Reuters e após queda de 3,2% em setembro.
"Mesmo que a 'fase um' do acordo comercial entre EUA e China cruze a linha de chegada, é improvável que alivie os principais obstáculos para os exportações e os embarques devem permanecer fracos nos próximos meses", disse Martin Rasmussen, economista da Capital Economics.
Houve outros números bons. As exportações para os EUA em outubro caíram 16,2%, menos do que a queda de 21,9% do mês anterior, de acordo com cálculos da Reuters baseados nos dados da alfândega.
As importações da China diminuíram pelo sexto mês consecutivo, embora a queda de 6,4% tenha sido menor do que o recuo esperado de 8,9% e o declínio de 8,5% em setembro.
Isso deixou a China com um superávit comercial de 42,81 bilhões de dólares em outubro, contra superávit de 39,65 bilhões em setembro. Analistas esperavam excedente de 40,83 bilhões de dólares.