WASHINGTON (Reuters) - A economia dos Estados Unidos cresceu no ritmo mais rápido em dois anos no terceiro trimestre, com a alta nas exportações e a recuperação do investimento em estoques compensando a desaceleração nos gastos do consumidor.
O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu a uma taxa anual de 2,9 por cento após expansão de 1,4 por cento no segundo trimestre, informou o Departamento de Comércio nesta sexta-feira em sua primeira estimativa. Essa foi a taxa de crescimento mais forte desde o terceiro trimestre de 2014.
Economistas consultados pela Reuters esperavam crescimento a uma taxa anual de 2,5 por cento no terceiro trimestre.
Apesar da moderação nos gastos do consumidor, o crescimento no terceiro trimestre poderia ajudar a dissipar quaisquer preocupações de que a economia corre o risco de estagnar. Ao longo do primeiro semestre do ano, o crescimento teve média de apenas 1,1 por cento.
Embora o Federal Reserve esteja principalmente focado no emprego e na inflação, sinais de força econômica darão suporte ao aumento da taxa de juros em dezembro. O banco central norte-americano elevou seus juros em dezembro passado pela primeira vez em quase uma década.
Os gastos do consumidor continuaram sustentando a economia no terceiro trimestre, mesmo que o ritmo tenha desacelerado ante os 4,3 por cento no segundo trimestre. Os gastos do consumidor, que respondem por mais de dois terços da atividade econômica dos EUA, subiram a uma taxa de 2,1 por cento.
Um aumento nas exportações de soja ajudou a diminuir o déficit comercial no terceiro trimestre. As exportações cresceram a uma taxa de 10 por cento, o maior aumento desde o quarto trimestre de 2013. Como resultado, o comércio contribuiu com 0,83 ponto percentual ao crescimento do PIB, após somar apenas 0,18 ponto percentual no trimestre entre abril e junho.
As empresas elevaram os gastos para refazer os estoques. Elas acumularam estoques a uma taxa de 12,6 bilhões de dólares no último trimestre, contribuindo com 0,61 ponto para a expansão do PIB.