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Fed discute como e quando retomar "QE" com limite de uso da política monetária

Publicado 04.06.2019, 20:16
Atualizado 04.06.2019, 20:25
© Reuters. .

Por Howard Schneider e Ann Saphir

CHICAGO (Reuters) - Resignados em manter em carteira trilhões de dólares em títulos e comprar ainda mais para combater crises futuras, autoridades do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) estão debatendo como fazer com que futuras aquisições de ativos sejam o mais eficaz possível para orientar os mercados e manter os juros em patamares baixos.

Na próxima vez que os juros chegarem a zero, como uma década atrás, as autoridades deveriam embarcar rapidamente num programa de compras de, digamos, 5 trilhões de dólares em títulos?

Ou que tal um conjunto de regras para quando um programa de compras for iniciado?

Ou as autoridades do Fed deveriam prometer antecipadamente comprar o que for necessário para manter as taxas de juros de longo prazo num nível desejado?

Essas questões estão no centro dos debates de uma conferência de dois dias promovida pelo Fed de Chicago sobre a estratégia do banco central. O evento teve início nesta terça-feira.

As respostas podem ser muito importantes para determinar como o Fed colocará em prática seu poder virtualmente ilimitado de compra de ativos.

As compras de ativos são uma estratégia que visa reduzir as taxas de juros de longo prazo, referência para os gastos das famílias e os investimentos das empresas.

O presidente do Fed de St. Louis, James Bullard, disse que as três rodadas de "flexibilização quantitativa" ("quantitative easing" ou "QE") realizadas pelo banco central em resposta à crise de 2007 a 2009 resultaram em "muito aprendizado" por parte dos formuladores de política e de investidores, que agora podem reagir mais rapidamente às aquisições de títulos pelo Fed.

"Quando voltarmos ao ZLB em algum momento será tudo diferente", disse Bullard, acrescentando que talvez isso permita que o Fed alcance resultados mais fortes com menos compras.

A sigla "ZLB" refere-se à expressão "zero lower bound" para as taxas de juros. Trata-se de um fenômeno macroeconômico no qual o banco central fica, do lado da política monetária, sem opções para estimular a economia. Com isso, precisa recorrer a outras ferramentas além de cortes de juros.

Outros sugeriram que o Fed pode precisar comprar ainda mais do que os 3,5 trilhões de dólares adquiridos ao longo dos últimos anos, como parte de uma estratégia "mais forte e mais rápida" para chocar os mercados.

Outras análises indicaram que o Fed deveria estabelecer regras explícitas sobre como e quando utilizar o "QE" para que investidores saibam o que esperar.

"Algumas dessas regras, ao forçarem os juros para baixo, poderiam ser uma maneira prática" de gerir futuros "QEs", disse Jonathan Wright, professor da Universidade Johns Hopkins e coautor de um dos estudos em discussão na conferência em Chicago.

A ideia é similar à estratégia de "controle da curva de juros" atualmente utilizada pelo Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) e citada por importantes autoridades do Fed como uma ferramenta que pelo menos merece ser avaliada para os Estados Unidos.

Seja qual for a direção seguida, o chairman do Fed, Jerome Powell, deixou claro, em comentários de abertura da conferência, achar que as estratégias inovadoras lançadas durante a crise provavelmente vieram para ficar.

A meta do Fed para os juros, atualmente na faixa entre 2,25% a 2,5%, provavelmente permanecerá menor do que nas últimas décadas, com o banco central devendo atingir novamente seu limite de uso da política monetária e enfrentando a questão sobre o que fazer em seguida, disse Powell.

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"Haverá uma próxima vez", afirmou Powell. Segundo o líder do Fed, embora controversos na época, programas do Fed, como os de compras de ativos, funcionaram e não deveriam mais ser vistos como "não convencionais".

"Essas políticas forneceram um apoio significativo... Sabemos que ferramentas como essas provavelmente serão necessárias de alguma forma" em futuras crises, disse Powell.

Segundo Powell, é "obrigação" do Fed delinear seus planos com antecedência para que o público e as autoridades eleitas saibam o que o banco central pretende fazer.

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