Feriado nos EUA, minério e cautela com agenda semanal impedem alta do Ibovespa por petróleo

Publicado 01.09.2025, 09:40
Atualizado 01.09.2025, 13:10
© Reuters Feriado nos EUA, minério e cautela com agenda semanal impedem alta do Ibovespa por petróleo

As incertezas que a agenda de indicadores e eventos desta semana impõe deixam o Ibovespa com fôlego curto no início de setembro. O principal indicador da B3 chegou a subir na manhã desta segunda-feira, 1º de setembro, mas logo foi para o campo negativo no início da tarde.

Enquanto as divulgações ganham força a partir de amanhã - aqui tem o PIB do segundo trimestre e vários PMIS no exterior -, o fechamento dos mercados norte-americanos hoje pelo feriado ao Dia do Trabalho também dificulta um avanço do principal indicador da B3.

Ainda na terça-feira se inicia o julgamento do ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) e de mais sete réus acusados de tramar um golpe de Estado após as eleições de 2022, por ministros da Primeira Turma do STF. O evento será acompanhado com afinco pelo mercado, dado que pode gerar novos riscos envolvendo o tarifaço dos EUA ao Brasil e influenciar mais o debate sobre uma possível mudança na gestão presidencial em 2026.

Para completar a lista de eventuais fatores de baixa ao Ibovespa na sessão desta segunda-feira estão o recuo de 2,67% do minério de ferro hoje em Dalian e o fato de o indicador vir de alta de 6,28% em agosto, a maior em um ano. Além disso, subiu 0,26% e encerrou em nova máxima histórica de fechamento, aos 141.422,26 pontos.

"O Ibovespa fechou o mês passado em 141.422 pontos e há espaço para evoluir, mas o volume precisa ampliar, principalmente os originados dos estrangeiros", diz em nota Alvaro Bandeira, coordenador de Economia da Apimec Brasil.

Os mercados dos Estados Unidos estão fechados hoje devido ao feriado em celebração do Dia do Trabalho no país, e a liquidez aqui promete ser reduzida. A pausa acontece antes da divulgação de uma bateria de dados relevantes nos EUA, como o payroll, e em outras partes do globo (PMIs), que poderão balizar apostas da política monetária mundial. A lista de divulgações e eventos no Brasil também gera certa parcimônia, com destaque ao Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre, que sairá amanhã.

Outro fator de cautela vem do político, em meio ao início do julgamento no STF. "Hoje é Labor Day nos EUA. Então a liquidez é reduzida por aqui. As atenções estarão no STF e no payroll na sexta-feira", ressalta Marcelo Vieira, head da mesa de renda variável da Ville Capital.

Apesar do recuo do Índice Bovespa, pontua que o mercado está em modo "risk-on", com a perspectiva da retomada do ciclo de queda dos juros nos EUA e no Brasil. "Alguns bancos já trabalham com a possibilidade de corte da Selic já no final do ano", acrescenta Vieira.

Para Felipe Sant’Anna, especialista em Mercado Financeiro do Grupo Axia Investing, o julgamento de Bolsonaro não deve trazer surpresas quanto ao desfecho. "O que vamos observar é o movimento do xadrez político depois disso, como o Tarcísio de Freitas governador de SP vai se posicionar, com Zema Romeu, governador de MG, Caiado Ronaldo, governador de GO. Atenção primordial ao possível movimento dos EUA em relação à condenação, que pode escalar nossa crise comercial e diplomática", diz.

Até as 12h32, o Ibovespa transitou entre mínima de 141.070,31 pontos (-0,25%) - praticamente a mesma marca dos 141.423,06 pontos da abertura - e máxima em 141.949,94 pontos (alta de 0,37%). No horário citado, cedia 0,16%, aos 141.201,41 pontos. Petrobrás perdia força e subia 0,19%, no caso da PN, enquanto PN caía 0,12%. Vale recuava 1,15%. Entre grandes bancos, Unit de Santander (0,25%) e Itaú Unibanco (1,33%) subiam.

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