A Fitch reiterou o rating dos Estados Unidos em 'AA+', com perspectiva estável. Segundo a agência de classificação de risco, a nota é apoiada pela alta renda per capita nacional, por um ambiente de negócios dinâmico e por uma forte flexibilidade de financiamento.
A classificação permaneceu no mesmo patamar sem uma elevação ser cogitada porque o alto déficit fiscal dos EUA limita a avaliação de crédito, somado também a um padrão de governança inferior ao de demais países com classificação 'AA', e diante de uma fragmentação política que de tempos em tempos ameaça acordos sobre um possível teto da dívida americana.
"O governo falhou em lidar significativamente com os grandes déficits fiscais, o crescente fardo da dívida e os aumentos iminentes nos gastos associados ao envelhecimento da população", pontua. A Fitch espera que a relação dívida/PIB dos EUA acelere até 124,4% até o fim de 2026, contra 114% em 2023.
Quanto às expectativas para a política monetária americana, a Fitch espera o primeiro corte de juros do Federal Reserve (Fed) no encontro de setembro, embora não especifique a intensidade. Na sequência, a instituição prevê mais uma redução de 25 pontos-base em dezembro, e cortes agregados de 1,25 pontos porcentuais durante 2025. Para o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA, a expectativa da Fitch é de desaceleração do crescimento a 2,1% em 2024, contra 2,5% em 2023.
A Fitch escreve que uma mudança radical no governo dos EUA é improvável independente dos resultados das eleições deste ano. A posição fiscal do país permanecerá praticamente inalterada, apesar dos diferentes objetivos econômicos, políticas fiscais e prioridades do lado Democrata e dos Republicanos, sugere.