Investing.com - O Banco Central divulgou na manhã desta segunda-feira (6) a primeira edição do Boletim Focus do corrente calendário, com os analistas de mercado ouvidos pela autoridade monetária elevando pela nona semana seguida as estimativas de fechamento do IPCA para 2019.
As novas projeções apontam para a inflação oficial de 2019 subindo de 4,04% para 4,13%, sendo que há quatro semanas a aposta era de 3,84%, ainda abaixo do centro da meta de 4,25% e dentro da margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. A acelerada do preço de proteína animal é um dos principais fatores para a aproximação da projeção do IPCA de 2019 ao centro da meta, após ao longo do ano ficar abaixo de 3,5%. O IBGE vai divulgar nesta sexta-feira o IPCA de dezembro e o acumulado de 2019.
Para 2020, os analistas reduziram as projeções do IPCA da semana passada, estimando uma alta de 3,61% e não mais 3,60%, também abaixo do centro da meta de 4% estabelecido para o ano que vem e dentro da margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. Há quatro semanas, os economistas também projetavam alta de 3,60% no índice de preços para o ano que vem.
Os economistas ouvidos pelo BC reforçam a tendência positiva do final do ano, e mantiveram as estimativas do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no ano, interrompendo uma sequência de quatro altas e refletindo a retomada propiciada pela liberação de recursos do FGTS - acelerando as vendas no varejo - e a recuperação da construção civil no segundo semestre.
O levantamento realizado pela autoridade monetária aponta o crescimento no país no ano passado deve ser de 1,17% Há quatro semanas, a estimativa era que o PIB tivesse avanço de 1,10%. Para 2020, a aposta também se manteve, em 2,30%. Há um mês, a aposta era de um crescimento de 2,24% para o ano que vem.
Em relação ao dólar, as apostas de 2020 foram reduzidas de R$ 4,10 para R$ 4,08, após encerrar 2019 a R$ 4,0195.
Já a taxa básica de juros já está definida para encerrar o ano em 4,50%, com a projeção de um corte de 25 pontos-base na próxima reunião do Copom em fevereiro e início do ciclo de alta de juros no fim do ano com uma adição de 0,25 ponto percentual na taxa básica no final do ano, até chegar a 6,5% em 2021, a terceira alta consecutiva para as estimativas da taxa básica de juros para o encerramento do ano que vem.