WASHINGTON (Reuters) - Os gastos do consumidor norte-americano registraram em outubro o maior aumento em sete meses, mas as pressões sobre os preços desaceleraram, com a medida de inflação monitorada pelo Federal Reserve registrando o menor aumento anual desde fevereiro.
O Departamento de Comércio informou nesta quinta-feira que o gasto dos consumidores, que responde por mais de dois terços da atividade econômica dos EUA, saltou 0,6 por cento no mês passado, quando as famílias gastaram mais com remédios e serviços públicos.
Os dados de setembro foram revisados para baixo, mostrando que os gastos aumentaram 0,2 por cento em vez do aumento de 0,4 por cento registrado anteriormente.
Economistas consultados pela Reuters previam que os gastos dos consumidores aumentariam 0,4 por cento em outubro. Quando ajustados pela inflação, os gastos do consumidor avançaram 0,4 por cento, também o maior ganho em sete meses e apontando para um ritmo sólido de consumo no início do quarto trimestre.
Apesar dos fortes gastos do consumidor, há indícios de que o crescimento econômico está desacelerando. Os dados deste mês sugeriram uma moderação nos gastos das empresas com equipamentos, uma deterioração no déficit comercial e uma fraqueza adicional no mercado imobiliário. As estimativas de crescimento para o quarto trimestre estão atualmente em torno de 2,5 por cento na comparação com o ano anterior. No trimestre de julho a setembro, a economia cresceu a um ritmo de 3,5 por cento.
Em outubro, os gastos com produtos subiram 0,5 por cento, depois de ganharem 0,1 por cento em setembro. Os gastos com serviços subiram 0,7 por cento, depois de avançarem 0,3 por cento no mês anterior.
Houve uma desaceleração nos aumentos dos preços no mês passado. O índice de inflação que exclui os componentes voláteis de alimentos e energia, subiu 0,1 por cento, depois de aumentar 0,2 por cento em setembro.
Isso reduziu o aumento anual da inflação para 1,8 por cento, a leitura mais baixa desde fevereiro, de 1,9 por cento em setembro.
O núcleo da inflação, medida de inflação preferencial do Fed, atingiu a meta de 2 por cento do banco central dos EUA em março pela primeira vez desde abril de 2012.
(Por Lucia Mutikani)