Buenos Aires, 13 mai (EFE).- O governo da Argentina lançou nesta sexta-feira a plataforma digital "Preços Claros", destinada a informar e vigiar os preços no país vizinho, castigado por uma forte inflação, informaram fontes oficiais.
O sistema, hospedado no site www.preciosclaros.gob.ar, compreende mais de 5.000 produtos para que "os consumidores de todo o país se informem, comparem e escolham melhor", informou o Ministério de Produção argentino em comunicado.
"O sistema reunirá pela primeira vez todos os preços em um só lugar: os consumidores poderão comparar os preços de 109 categorias obrigatórias de produtos. Dependendo da variedade de cada estabelecimento, serão entre 1.800 e 5.000 produtos. O sistema conta hoje com mais de 23.000 preços", detalhou a pasta.
As categorias selecionadas compreendem alimentos, bebidas, materiais de limpeza e higiene pessoal.
Os supermercados de todo o país estão obrigados a atualizar diariamente os preços dos produtos compreendidos no programa a fim de que estejam disponíveis para que os consumidores possam comparar e decidir onde comprar.
Cada cliente pode consultar os preços dos 30 estabelecimentos mais próximos a sua localização. A ferramenta digital permitirá imprimir os resultados, enviar a lista por e-mail e compartilhá-la com outros consumidores.
Além disso, os cidadãos poderão realizar reivindicações quando detectem inconsistências nos dados informados pelos comércios - preços que não coincidam, produtos presentes na gôndola não informados, filiais sem dados ou produtos em falta - e realizar sugestões para melhorar o funcionamento do sistema.
O governo do presidente Mauricio Macri tenta assim de vigiar as altas de preços e controlar a elevada inflação que castiga a economia do país.
Segundo os dados do último índice de preços ao consumidor da cidade de Buenos Aires - indicador que o governo, desde sua posse em dezembro, usa como referência enquanto remodela o método de cálculo do índice nacional -, no primeiro quadrimestre de 2016 os preços subiram 19,2% e o acumulado anualizado entre abril deste ano e o mesmo mês de 2015 alcançou 40,5%.