Arena do Pavini - Sondagem feita pela corretora XP Investimentos entre 16 e 17 de setembro mostra que 91% dos investidores institucionais consultados esperam que o Banco Central corte a Selic em 0,50 ponto percentual na reunião de hoje. A taxa de juros está em 6,0% a.a.
Segundo o levantamento, as expectativas estão menos consensuais para outubro e dezembro. O levantamento foi realizado com 129 investidores institucionais, um público formado por gestores, traders e economistas de fundos de investimentos e instituições financeiras.
Para o final de 2019, os investidores atribuem, em média, 42% de probabilidade de que a Selic esteja em 5%, uma concentração maior em relação à sondagem realizada em julho.
Para 2020, 43% dos respondentes esperam que a taxa de juros determinada pelo BC encerre o ano em 5%, um viés de estabilidade, portanto. O cenário parece equilibrado, pois 31% esperam uma taxa abaixo de 5% e outros 26% aguardam que o índice esteja acima de 5%.
Já o Grupo Consultivo Macroeconômico da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), que reúne gestores e bancos de investimentos, reduziu pela terceira vez consecutiva a projeção da taxa básica de juros no fim deste ano, para 5%. Em junho, a projeção estava em 5,75% e, em julho, havia passado para 5,25%. A trajetória de queda já teria início na reunião do Copom que termina hoje, passando dos atuais 6% para 5,5%. Para o fim do próximo ano, o grupo espera que a Selic se mantenha em 5%.
O grupo reviu também outras projeções. Em relação ao câmbio, o grupo de economistas elevou a projeção para o fim de 2019 de R$ 3,78 (apontado na reunião anterior, em julho) para R$ 3,91 (abaixo da atual cotação da moeda). O resultado equivalerá a desvalorização de 0,8% da moeda brasileira frente ao dólar. Para o fim de 2020, a estimativa também foi revisada para cima, de R$ 3,83 para R$ 3,95.
“Entendemos que a trajetória do câmbio se mantenha volátil”, diz Fernando Honorato, coordenador do grupo. “Apesar da depreciação do real, o Banco Central deve seguir cortando os juros: há capacidade ociosa na economia, o repasse cambial tem sido baixo e o ambiente global está desinflacionário”, completa.
Inflação e PIB
Em relação à inflação, os economistas reduziram a projeção do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 3,5% no fim do ano. A projeção era de 3,8% na reunião de julho). Com isso, o índice ficará abaixo da meta do Banco Central para a inflação deste ano, que é de 4,25%. Para 2020, as expectativas ficaram em 3,8%, patamar que também está abaixo da meta para o período (4%).
Quanto à atividade econômica, o grupo manteve pelo terceiro mês consecutivo a projeção de 0,8% para o PIB (Produto Interno Bruto) de 2019. Para 2020, a estimativa de crescimento foi revisada de 2,2% para 2%.
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