O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, avaliou nesta quinta-feira, 28, que o Imposto de Renda vai exigir uma reforma à parte do governo. "O nosso objetivo é que, em janeiro de 2026, essa faixa de isenção chegue a R$ 5 mil. Essa faixa de isenção vai ser feita da mesma forma que foi feita nas duas vezes passadas", disse, acrescentando que a combinação dessa faixa de isenção com o desconto no IR permite ao cálculo de impacto de R$ 35 bilhões.
Ele também explicou que, quem tem renda acima de R$ 50 mil por mês, passará a pagar o mínimo de imposto de Renda, de 10%.
"Pessoas que, hoje, têm renda e não pagam o imposto - uma renda superior a R$ 50 mil por mês, ou seja, R$ 600 mil por ano - vão passar a pagar o mínimo", disse o ministro, acrescentando que para chegar ao valor também serão contabilizados, além dos salários, receitas com alugueis e dividendos, entre outras receitas.
Haddad afirmou que, com isso, o governo está fazendo um novo conceito de IR, considerando toda renda e pagamento de IR no exercício, mas enfatizou que gastos com saúde continuarão dedutíveis na integralidade.
"Estamos dizendo que é um conceito novo de imposto de renda mínimo. Considerar a própria ajuste da pessoa e considerar o que tem que acontecer no exercício. É assim que está sendo considerado", disse o ministro, ressaltando que algumas distorções serão corrigidas em relação à saúde, ainda que os gastos continuem a ser dedutíveis na sua integridade