Investing.com — O Índice de atividade econômica (IBC-Br) do Banco Central registrou recuo de 2% no mês de maio, de acordo com dados divulgados nesta segunda-feira, 17. No trimestre, o indicador avançou 1,63%.
Em abril, o índice havia apresentado alta de 0,56%.
O indicador é um sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB).
Segundo Marco Caruso e Igor Cadilhac, economistas do Picpay, esse é o menor resultado do indicador mensal desde março de 2021.
“Apesar do resultado negativo, alguns setores da atividade econômica escaparam desse movimento contracionista. O volume de serviços e a produção industrial subiram acima do esperado, com expansão de 0,9% e 0,3%, respectivamente. Além disso, o mercado de trabalho segue resiliente e com rendimentos permanentes”, ponderam os economistas, que esperam que o crescimento da economia brasileira seja de 0,3% no segundo trimestre, mas perdendo o fôlego, terminando 2023 com alta de 1,9%.
Vitor Martello, economista-chefe da Parcitas Investimentos, avalia que o IBC-Br está sendo muito impactado pela volatilidade dos componentes de oferta, e não de demanda do PIB, “e, portanto, a queda de hoje não pode ser vista, necessariamente, como pressões inflacionárias menores”.
De acordo com o economista André Perfeito, o PIB do segundo trimestre deve apresentar recuo pelo efeito base e o resultado ruim deve ter efeitos na política monetária, em sua visão.
“Assim o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central terá mais uma pressão sobre a mesa para cortar os juros mais fortemente”, argumenta o economista, que adianta a perspectiva de diminuição na Selic em 50 pontos base.