SÃO PAULO (Reuters) - O Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) recuou
1,14 por cento em novembro depois de subir 0,26 por cento no mês anterior, em sua primeira deflação em quase um ano e meio, diante da queda tanto dos preços no atacado quanto no varejo.
O recuo do índice informado nesta sexta-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV) foi mais intenso que a expectativa em pesquisa da Reuters de queda de 0,60 por cento
Essa foi a primeira vez que o IGP-DI registrou deflação desde julho de 2017.
Em novembro, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI), que responde por 60 por cento do indicador todo, passou a recuar 1,70 por cento, depois de alta em outubro de 0,17 por cento, caindo pela primeira vez desde outubro do ano passado.
O IPA mostrou que o grupo de Bens Intermediários passou a registrar queda de 2,44 por cento, depois de uma alta de 1,07 por cento, com destaque para o movimento do subgrupo materiais e componentes para a manufatura.
No varejo, a pressão diminuiu depois que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-DI), que responde por 30 por cento do IGP-DI, passou a cair 0,17 por cento no mês, primeiro recuo dos preços em 14 meses, após alta de 0,48 por cento no período anterior.
A principal contribuição para esse resultado partiu do grupo de Transportes, que teve queda de 0,57 por cento no período, ante alta de 0,82 por cento.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-DI), por sua vez, subiu em novembro 0,13 por cento, de 0,35 por cento em outubro.
O IGP-DI é usado como referência para correções de preços e valores contratuais. Também é diretamente empregado no cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) e das contas nacionais em geral.
(Por Stéfani Inouye)