SÃO PAULO (Reuters) - O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) caiu em abril para o menor patamar em seis meses e indicou nível ainda elevado de incertezas entre os empresários, mostraram dados divulgados nesta terça-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
O IAEmp, que antecipa os rumos do mercado de trabalho no Brasil, recuou 1 ponto em abril, para 92,5 pontos, o menor nível desde outubro de 2018.
"Os empresários continuam calibrando suas expectativas sobre a evolução do mercado de trabalho para os próximos meses. O desapontamento com o ritmo da atividade econômica em 2019 e o nível ainda elevado de incerteza no país contribuem para o retorno do índice ao patamar semelhante ao observado no final do período eleitoral do último ano", explicou em nota o economista da FGV Rodolpho Tobler.
Já o Indicador Coincidente de Emprego (ICD), que capta a percepção das famílias sobre o mercado de trabalho, subiu 0,7 ponto em abril, para 94,8 pontos. O comportamento do ICD é semelhante ao da taxa de desemprego, ou seja, quanto menor o número, melhor o resultado.
"A segunda alta consecutiva do ICD mostra que o indicador continua encontrando resistência em se afastar do patamar de 95 pontos. O nível historicamente alto que o indicador se encontra ainda sugere que a recuperação do mercado de trabalho continua lenta", acrescentou Tobler.
O Brasil encerrou o primeiro trimestre com taxa de desemprego de 12,7 por cento, com o total de desempregados chegando a quase 13,4 milhões e número recorde de desalentados, de acordo com dados do IBGE.
(Por Stéfani Inouye)