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Inflação acelera a 0,54% em setembro e acumula 9,49% em 12 meses

Publicado 07.10.2015, 10:48
Atualizado 07.10.2015, 10:59
© Reuters.  Inflação acelera a 0,54% em setembro e acumula 9,49% em 12 meses
PBR
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Por Rodrigo Viga Gaier e Camila Moreira

RIO DE JANEIRO/SÃO PAULO (Reuters) - Pressionada pelos preços do botijão de gás, a inflação ao consumidor brasileiro acelerou em setembro, em meio ao cenário de crise política e valorização do dólar, e no acumulando em 12 meses permaneceu no patamar de 9,5 por cento.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,54 por cento em setembro, após alta de 0,22 por cento em agosto, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira.

No acumulado em 12 meses até o mês passado, a inflação oficial do país atingiu 9,49 por cento, contra alta de 9,53 por cento em agosto. A meta do governo para este ano é de 4,5 por cento com tolerância de 2 pontos percentuais para mais ou menos.

No ano, até setembro o IPCA acumulou avanço de 7,64 por cento, contra 4,61 por cento de igual período de 2014, representa o maior nível para o período desde 2003, quando foi de 8,05 por cento.

"A alta ficou concentrada em transportes e habitação, que estão entre os maiores pesos no orçamento do consumidor, e alimentação também acelerou. Quando os três grupos sobem, mostra que a vida está mais difícil até porque os salários não estão acompanhando o ritmo dos preços", disse a economista do IBGE Eulina Nunes dos Santos. Os resultados ficaram em linha com pesquisa da Reuters junto a analistas.[nL1N1251UQ]

HABITAÇÃO

A principal influência para o resultado de setembro foi a alta de 12,98 por cento do botijão de gás no mês, após queda de 0,44 por cento em agosto. Com peso de 0,14 ponto percentual, o item respondeu por 26 por cento do índice, mas ainda assim o IBGE destacou que a alta ficou abaixo do reajuste de 15 por cento autorizado pela Petrobras (SA:PETR4) nas refinarias.

Com isso, o grupo Habitação foi o que registrou a variação mais alta em setembro, de 1,30 por cento, respondendo por 0,20 ponto percentual do índice.

O botijão de gás também ajudou para a aceleração do avanço dos preços administrados, uma das principais fontes de pressão sobre o IPCA neste ano, que passaram a subir 0,91 por cento contra 0,32 por cento em agosto.

Também se destacaram a alta de 0,71 por cento de Transportes em setembro após queda de 0,27 por cento anteriormente, e o avanço de 0,24 por cento de Alimentação e Bebidas contra variação negativa de 0,01 por cento.

De acordo com Eulina, embora ainda não seja possível avaliar com precisão o impacto no IPCA da alta do dólar neste ano (44,54 por cento até a véspera), isso já pode ser visto em alimentos.

"Os principais alimentos que subiram têm efeito do dólar, como pão francês, macarrão e biscoitos", disse ela.

A mais recente pesquisa Focus do Banco Central mostra que a expectativa é de que a inflação encerre este ano em 9,53 por cento, e as projeções para 2016 vêm sofrendo deterioração a cada semana, chegando agora a 5,94 por cento.[nL1N1250MI]

O BC, que interrompeu o ciclo de aperto monetário iniciado em outubro de 2014 ao manter a taxa básica de juros em 14,25 por cento ao ano, já indicou que não deve elevar a Selic em breve, ainda que reforce a mensagem sobre a necessidade de uma postura vigilante.[nL1N11U10L][nL1N11G16K]

O presidente Alexandre Tombini destacou que as taxas nos mercados não servirão de guia para a condução da política monetária e reafirmou a estratégia de manutenção da Selic "por período suficientemente prolongado".[nL1N11U20S]

Veja abaixo a variação dos grupos:

Grupo Agosto Setembro Impacto

Setembro

(%) (%) (p.p.)

Alimentação e Bebidas -0,01 +0,24 +0,06

Habitação +0,29 +1,30 +0,20

Artigos de Residência +0,37 +0,19 +0,01

Vestuário +0,20 +0,50 +0,03

Transportes -0,27 +0,71 +0,13

Saúde e Cuidados Pessoais +0,62 +0,55 +0,06

Despesas Pessoais +0,75 +0,33 +0,04

Educação +0,82 +0,25 +0,01

Comunicação +0,14 +0,01 0,00

Índice Geral +0,22 +0,54 +0,54

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