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Inflação ao consumidor desacelera e preços ao produtor da China recuam por demanda fraca

Publicado 11.04.2023, 07:31
Atualizado 11.04.2023, 07:52
© Reuters. Mercado em Pequim
11/01/2021. REUTERS/Tingshu Wang

PEQUIM (Reuters) - A inflação ao consumidor da China atingiu uma mínima em 18 meses e a queda nos preços ao produtor acelerou em março, uma vez que a demanda permaneceu persistentemente fraca, reforçando o argumento para que as autoridades tomem mais medidas para sustentar a recuperação econômica.

Em contraste com o aumento dos preços globalmente, a inflação no varejo e ao produtor da China permaneceu anêmica enquanto os setores de consumo e industrial lutam para se recuperar do golpe da pandemia. Analistas agora acham que a inflação ao consumidor pode ficar aquém das metas oficiais de Pequim este ano.

O índice de preços ao consumidor subiu 0,7% na comparação anual, o ritmo mais lento desde setembro de 2021 e mais fraco do que o avanço de 1,0% em fevereiro, informou o Escritório Nacional de Estatísticas nesta terça-feira. O resultado ficou aquém do aumento de 1,0% apontado em uma pesquisa da Reuters.

"O relatório de inflação da China em março sugere que a economia chinesa está passando por um processo de desinflação, o que aponta para um espaço maior para flexibilização da política monetária para impulsionar a demanda", disse Zhou Hao, economista da Guotai Junan International.

O índice de preços ao produtor caiu 2,5% em relação ao ano anterior, o ritmo mais rápido desde junho de 2020 e em comparação com uma queda de 1,4% em fevereiro. O índice registra recuo agora por seis meses consecutivos.

A inflação dos preços dos alimentos, um dos principais impulsionadores da inflação ao consumidor, desacelerou para 2,4% em relação ao ano anterior, de 2,6% no mês anterior. Na comparação mensal, os preços dos alimentos caíram 1,4%.

Isso empurrou o índice para uma queda de 0,3% em relação ao mês anterior, após uma recuo de 0,5% em fevereiro, frustrando as expectativas de que ficasse inalterado.

FALTA

O governo estabeleceu uma meta para os preços médios ao consumidor em 2023 em cerca de 3%. Os preços subiram 2% no ano em 2022.

"Achamos que a inflação dos preços ao consumidor se recuperará nos próximos meses, à medida que o mercado de trabalho apertar novamente e atingirá um pico de 2,3% no início de 2024", disse Zichun Huang, economista da Capital Economics para a China.

© Reuters. Mercado em Pequim
11/01/2021. REUTERS/Tingshu Wang

"Mas ficará bem abaixo do teto do governo de 'cerca de 3,0%', e o aumento da inflação será bem menor do que o que foi visto em outros lugares quando eles abriram."

As autoridades prometeram intensificar o apoio à economia, que registrou um de seus piores desempenhos em quase meio século no ano passado devido às rígidas restrições contra a Covid-19.

(Reportagem de Liangping Gao e Ryan Woo)

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