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Investing.com — Os preços ao produtor nos Estados Unidos recuaram em abril na comparação mensal, reforçando os sinais de moderação nas pressões inflacionárias que vinham desafiando a política monetária do Federal Reserve.
O índice de preços ao produtor (IPP) para demanda final registrou avanço de 2,4% em relação a abril de 2024, abaixo da alta revisada de 3,4% observada no mês anterior, segundo informou nesta quinta-feira o Departamento do Trabalho. O consenso de mercado projetava alta de 2,5%.
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Na variação mensal, o IPP apresentou queda de 0,5% em abril, o primeiro recuo desde 2023. O dado de março foi revisado para estabilidade, após leitura inicial de queda de 0,4%.
Ao se excluirem componentes mais voláteis, como alimentos e energia, o chamado núcleo do IPP recuou 0,4% em abril, após ter registrado elevação de 0,4% no mês anterior. Em termos anuais, o núcleo subiu 3,1%, abaixo dos 4,0% revisados de março. O dado original para março havia sido de 3,3%.
Esses dados seguem a divulgação anterior do índice de preços ao consumidor (IPC), que subiu 2,3% nos 12 meses até abril. A leitura ficou abaixo das projeções, que apontavam estabilidade em 2,4% na comparação com março, e representou o ritmo mais contido desde fevereiro de 2021, período anterior à explosão dos preços decorrente do choque de oferta e da retomada da demanda pós-pandemia.
Até o momento, o Federal Reserve manteve a taxa básica de juros entre 4,25% e 4,50% nas três reuniões realizadas em 2025. Na semana passada, o presidente do Fed, Jerome Powell, afirmou que não há necessidade de pressa para alterar o atual nível de juros, em meio a um cenário de crescimento sólido, mas ainda permeado por riscos de desequilíbrio inflacionário.
A política comercial da administração Trump, que elevou tarifas de importação em vários segmentos mas recuou em algumas medidas mais rígidas, adicionou incertezas à trajetória de preços, exigindo maior cautela por parte da autoridade monetária ao calibrar sua atuação.
Atualmente, o mercado precifica a primeira redução de juros para setembro, com apostas crescentes de que o Fed implementará mais de um corte até o fim de 2025.